Justiça corrige decisão e torna réu por feminicídio marido de advogada morta no Antares, Maceió

A Justiça corrigiu, nesta quarta-feira (19), a decisão que aceitava a denúncia contra Alison Bezerra pelo assassinato da esposa, Maria Aparecida da Silva Bezerra, ocorrido em julho no Antares, em Maceió. A decisão o tornava réu pelo crime de homicídio qualificado, mas foi corrigida para feminicídio, quando a morte acontece em razão de violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

A decisão é do juiz Yulli Roter, que aceitou a denúncia do Ministério Público de Alagoas (MP-AL). A tipificação errada tinha sido divulgada pela própria Justiça na terça (18), mas nesta quarta o judiciário retificou a informação, confirmando que a acusação da promotoria era de feminicídio e que a denúncia foi recebida da mesma forma.

O crime ocorreu em julho deste ano. Após matar a esposa dentro de casa, Alisson tentou se matar com uma facada no pescoço e outra no tórax, mas foi socorrido para o Hospital Geral do Estado (HGE), submetido a cirurgia e sobreviveu. Após receber alta médica, foi levado para o presídio.

De acordo com a perícia, a advogada de 54 anos foi atingida por 14 facadas, no pescoço, tórax, seios e abdômen. Alison Bezerra utilizou duas facas para cometer o crime e tentar suicídio.

“Na manhã do crime, o denunciado ligou para familiares, dizendo que cometeria suicídio, mas quando se foi verificar dentro da casa, a vítima já estava morta com diversas marcas de golpes de faca pelo corpo, enquanto que o denunciado estava com um ferimento no pescoço, em virtude de tentar se suicidar depois de ter matado a vítima”, diz um trecho da decisão.

Ainda segundo a decisão do juiz Yulli Roter, Alison tinha ciúme excessivo da esposa. “(…) O denunciado e a vítima tinham um relacionamento envolto em ciúmes extremos por parte do denunciado, o qual mantinha um sistema de câmeras em casa, a fim de monitorar a vítima constantemente”.

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