MPAL denuncia Equatorial por morte de menino eletrocutado em Maceió
A Criança brincava na rua, quando foi eletrocutada por fiação de poste de energia que se encontrava caída no chão, no bairro de Riacho Doce, em Maceió.
O Ministério Público de Alagoas (MPAL) apresentou denúncia contra o gerente operacional da empresa Equatorial Energia pela morte de Lucas Antônio, criança de 8 anos, fatalidade ocorrida em janeiro de 2022. De acordo com a denúncia, o menino brincava na rua, quando foi eletrocutado por fiação de poste de energia que se encontrava caída no chão, no bairro de Riacho Doce, em Maceió.
De acordo com o MP, a tia do menino havia entrado em contato com a Equatorial horas antes do incidente para relatar problemas no fornecimento de energia e também sobre a questão da fiação elétrica. Na denúncia, o Ministério Público afirma que o caso ocorrido em janeiro não é um fato isolado, com outros episódios similares em Alagoas relacionados aos serviços da Equatorial.
Como o denunciado é encarregado pela gerência operacional de atendimento da empresa, o MPAL aponta que ele deve responder pelo resultado da morte do menino, pois estava sob a sua responsabilidade atuar e evitar a fatalidade.
No documento, o MP trata sobre indenização a ser paga à família da vítima visando minimizar os danos sofridos. “Logo, vê-se que é inegável o direito a uma indenização aos pais da vítima (Sra. Valéria Santos Feitosa e Sr. Elias de Jesus Pedro), tendo em vista que a morte de um filho gera um dano e uma dor imensuráveis”, consta no texto.
O Ministério Público pede que, recebida e autuada a denúncia, seja instaurada contra o gerente da Equatorial ação penal incondicionada. O órgão também solicita que sejam intimadas as testemunhas listadas no documento e que seja enviado ofício ao Instituto de Identificação objetivando o envio da Folha de Antecedentes Criminais do denunciado.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da Equatorial e aguarda um posicionamento.
INQUÉRITO
A Polícia Civil (PC) abriu inquérito para apurar a morte do garoto Lucas Antônio, de 8 anos, que foi vítima de um choque elétrico no dia 29 de janeiro, enquanto brincava na rua com os colegas. De acordo com o delegado Robervaldo Davino, todas as apurações necessárias para esclarecer os fatos seriam buscadas. Esse é o segundo caso de morte de criança eletrocutada no Litoral Norte de Maceió, nos últimos meses.
Para ele, a empresa que fornece energia precisaria ter um plano B de desligamento da carga elétrica nos casos em que coloca a população em risco de choque elétrico.
Dois dias depois, moradores de Riacho Doce fizeram um protesto e cobraram justiça pela morte do pequeno Lucas Antônio. Eles afirmaram que a Equatorial foi acionada por volta de 2h da madrugada, informando sobre o fio com corrente elétrica que estava caído ao chão. A empresa só apareceu ao local, após as 9h da manhã, quando o menino já havia recebido a descarga elétrica.
FONTE: Gazeta Web