Associações defendem delegado-geral da PC e apontam “versão falaciosa” de delegada da Polícia Federal sobre suposta interferência
A Associação dos Delegados de Polícia Civil de Alagoas e o Sindicato dos Delegados de Polícia Civil de Alagoas emitiram uma nota repudiando as acusações feitas contra o delegado gral da PC, Gustav Xavier, durante o julgamento de Paulo Dantas no Supremo Tribunal de Justiça (STJ), nesta quinta-feira (13).
Laurita Vaz, ministra do STJ responsável pelo caso, apontou que Xavier teria procurado uma delegada da superintendência da Polícia Federal para substituir o depoimento de uma testemunha-chave que delatou os crimes.
A nota conjunta afirma que Laurita foi “foi induzida a concluir que o governador do Estado, Paulo Dantas, teria interferido no processo que determinou o seu afastamento”.
Segundo a Adepol e o Sindpol, o delegado Gustavo Xavier cumpriu com seus deveres funcionais quando foi procurado pelo investigado e seu advogado para prestar depoimento na sede Polícia Civil. Relata, ainda, que tentou contato com a delegada da PF Mariana Cavalcante, que se negou a mandar representante do órgão para acompanhar o depoimento.
“Diante da negativa, [Gustavo Xavier] comunicou que tomaria o depoimento, adotaria as providências legais no âmbito da Polícia Civil, instaurando o inquérito policial de atribuição da Polícia Civil, e encaminharia cópia do termo para a delegada da Polícia Federal, o que fez pelos canais oficiais”.
“Entendemos que a versão falaciosa da delegada Mariana sobre o depoimento prestado à PC e, sobretudo, acerca do diálogo mantido com o delegado-geral, cuja cópia integral acompanha a nota, teve o objetivo de atender seus próprios fins, configurando uma afronta à verdade e à Polícia Civil de Alagoas”, diz a nota.