Ludmila Dayer revela diagnóstico de esclerose múltipla e conta como controla a doença

A atriz Ludmila Dayer, conhecida por interpretar Joana na sétima temporada de “Malhação”, no ano 2000, revelou nesta quarta-feira (28) o diagnóstico de esclerose múltipla. Ela contou sobre a doença durante uma transmissão ao vivo em seu Instagram. Segundo ela, a doença foi causada pelo vírus EBV (Vírus Epstein–Bar).

A esclerose múltipla atinge cerca de dois milhões de pessoas no mundo e no Brasil, mais de 30 mil pessoas, segundo o Ministério da Saúde. A doença é autoimune e atinge o sistema nervoso central: pode prejudicar a visão, a fala, a audição e os movimentos.

Ludmila contou que cerca de dois anos atrás começou a se sentir muito mal. “Era uma pessoa que praticava muitos esportes, eu malhava, achava que tinha saúde”, disse na transmissão. “De repente, meu corpo começou a ficar esquisito.”

Em 2020, ela conta que começou a perder a cognição e visão e ter muita fraqueza. Durante um ano, ela enfrentou uma bateria de exames sem conseguir um diagnóstico. “Quando ninguém fala o que você tem, você acha que está ficando maluca”, disse.

No início do ano, ela foi então diagnosticada com esclerose múltipla, causada pelo vírus EBV. “Meu mundo caiu”, disse. “Eu estou no auge do meu trabalho, de projetos, estou começando a dirigir agora…”

O Vírus Epstein–Bar também provocou os sintomas de esclerose relatados pela atriz Guta Stresser, de “A Grande Família” em junho.

“Eu comecei a estudar o que eu tinha e comecei a desmistificar muita coisa em relação a doença”, disse. Por recomendação médica, ela mudou a sua alimentação. “Comecei a ver que certos alimentos causam inflamação no corpo e outros desinflamam o corpo.”

“Já na primeira semana eu já consegui perceber que as minhas conexões melhoraram um pouco”, disse. Dentro desse novo protocolo médico, ela disse que cortou itens como glúten, ovo, carne e álcool.

O que é a esclerose múltipla?

A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem) define como uma “doença neurológica, crônica e autoimune”. Ou seja, quando “as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares”.

A esclerose múltipla atinge, geralmente, pessoas entre 20 e 40 anos de idade, com uma incidência maior entre as mulheres.

Ainda segundo a Abem:

  • Não é contagiosa
  • Não é suscetível de prevenção
  • Não tem cura e seu tratamento consiste em atenuar os sintomas e desacelerar a progressão da doença.

Quais são os sintomas?

De acordo com o Hospital Israelita Albert Einstein, os sinais e os sintomas mais comuns são:

  • Parestesias (dormências ou formigamentos); nevralgia do trigêmeo (dor ou queimação na face);
  • Neurite óptica (visão borrada, mancha escura no centro da visão de um olho – escotoma – embaçamento ou perda visual), diplopia (visão dupla);
  • Perda da força muscular, dificuldade para andar, espasmos e rigidez muscular (espasticidade);
  • Falta de coordenação dos movimentos ou para andar, tonturas e desequilíbrios;
  • Dificuldade de controle da bexiga (retenção ou perda de urina) ou intestino;
  • Problemas de memória, de atenção, do processamento de informações (lentificação);
  • Alterações de humor, depressão e ansiedade.

*Gazeta web

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