Istoé traz à tona inquérito da PF e volta a assombrar governador de Alagoas

O governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB) é um dos principais personagens de um processo que investiga a nomeação de funcionários “fantasmas” pela Assembleia Legislativa do Estado. A investigação é de inquérito da Superintendência da Polícia Federal em Alagoas.

Aberto em 2017, sob o número 137, o inquérito pode ganhar adendos documentais nos próximos dias e levar mais dores de cabeça a Paulo Dantas na reta final da campanha eleitoral, de acordo com fontes ouvidas pela Coluna.

Ele é apontado como um dos responsáveis por apadrinhar conhecidos na estrutura da Assembleia Legislativa. Na ocasião dos fatos, Paulo Dantas ocupava a diretoria-geral da Casa, que, coincidência ou não, tinha como presidente seu pai, o deputado Luiz Dantas.

Um trecho do processo – que está em segredo de Justiça e ao qual a Coluna teve acesso (reprodução) – cita Paulo Dantas e detalha o caso de Flávia Amorim Costa Tenório, que apareceu na lista de funcionários da Assembleia Legislativa, como secretaria parlamentar, entre julho de 2016 e setembro de 2017.

Seus salários variaram entre R$ 10.721,47 e R$ 15.947,56. Em depoimento, Flávia disse que jamais trabalhou na Assembleia Legislativa e que nem mesmo sabia a localização da instituição. Afirmou, ainda, que era “do lar”, que não possuía renda e que era cadastrada no programa Bolsa-Família.

Flávia, no entanto, deu importante pista para a investigação ao dizer que seu marido, Rodrigo de Barros, havia sido motorista de Paulo Dantas.

Em resposta à coluna, nesta tarde, o governador saiu pela tangente sobre a responsabilidade no caso e se limitou a dizer que “Nesta época, eu era diretor-geral da Assembleia Legislativa de Alagoas e não gerenciava os recursos humanos da Casa, logo não posso comentar sobre investigação que não me envolve”.


 

Nesta sexta (23) a situação do governador se complicou mais. Surgiu nos grupos de Whatsapp um vídeo em que o próprio pai admite falhas do então diretor da Assembleia.

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