Confira entrevista com o Des. Otávio Praxedes, presidente do TRE/AL
Com um aumento de 6,2% no número de eleitores alagoanos, os cidadãos se preparam para mais uma vez irem às urnas definir os rumos do país. Em uma eleição que se coloca como uma das mais importantes desde a redemocratização do Brasil, a Justiça Eleitoral trabalha incansavelmente na manutenção do pleito e pelo respeito aos princípios democráticos.
O Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL) recebeu mais de 450 registros de candidaturas para os cargos de governador, senador,
deputados federais e estaduais que serão escolhidos pelo povo, no próximo dia 02 de outubro.
O desembargador Otávio Leão Praxedes, presidente do TRE/AL, concedeu entrevista exclusiva para a AMA Notícias e falou das principais ações do órgão e da importância em se ter uma Justiça Eleitoral que trabalhe de maneira séria e altiva.
Associação dos Municípios Alagoanos: Nós sabemos que é pelo poder do nosso voto que podemos mudar os rumos do nosso país, do nosso estado e do nosso município. Como o TRE enxerga a necessidade de se incentivar o voto em todas as idades?
Des. Otávio Leão Praxades: A Justiça Eleitoral de Alagoas encara com a máxima importância o incentivo ao voto de todas as idades, destacando, ainda, a importância do voto consciente. Para isso, nosso setor de Comunicação desenvolveu, juntamente com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), campanhas específicas para incentivar o alistamento eleitoral dos jovens e para estimular o voto do eleitor mais maduro, que representa a experiência.
Também multiplicamos o nosso trabalho de produção de conteúdo para as mais diversas plataformas de redes sociais, entre elas o Instagram, o Facebook, o Telegram, o Twitter, o YouTube, o TikTok e o Kwai. Cada conteúdo é elaborado de maneira a dialogar com os mais diversos públicos, levando noções de cidadania, de combate à desinformação e de outros temas importantes para o processo eleitoral.
AMA: Qual a maneira mais eficaz de mostrar para o cidadão o real poder do voto?
Des. Otávio: Demonstrando uma Justiça Eleitoral atuante, transparente, imparcial, célere e eficaz em seus julgamentos. Levando à população noções importantes de como todos podem analisar seus candidatos, denunciar crimes eleitorais, fiscalizar os mandatos e fazendo com que todos se engajem no processo democrático, que não termina quando se digita o voto na urna eletrônica.
AMA: O Brasil é um dos poucos países que tem o voto como compulsório, que além de um direito é um dever. Como a obrigatoriedade do voto fortalece a democracia?
Des. Otávio: Esse fortalecimento surge quando todos os cidadãos e cidadãs têm as mesmas oportunidades de escolha, mesmo quando o voto é facultativo para alguns. Essa participação efetiva é importante para que a própria população possa cobrar dos eleitos quando não se sentir prestigiada. Para que se possa questionar, duvidar, levantar questões acerca de atitudes e de atos de governos.
A implantação do voto facultativo poderia fazer surgir um risco de somente algumas minorias serem representadas e não é para isso que a Justiça Eleitoral trabalha.
AMA: Como o TRE se prepara para as eleições em Alagoas, quais as principais ações planejadas pelo órgão que buscam manter a ordem durante o pleito?
Des. Otávio: Trabalhamos, como sempre, com um olhar diferenciado para a segurança de todos que atuam diretamente no processo eleitoral – magistrados, promotores, servidores, mesários, colaboradores – e também de todos os eleitores. Para isso, temos um contato direto com as forças de segurança do Estado, onde planejamos ações conjuntas e elaboramos um plano de segurança que contempla essa visão geral.
Essa preparação também envolve ações de combate aos crimes eleitorais, à desinformação e às práticas irregulares de propaganda nas ruas, na internet e nas redes sociais.
AMA: Como os municípios e os munícipes se tornam parceiros da Justiça Eleitoral em ano eleitoral como o de 2022?
Des. Otávio: É muito importante a atuação dos municípios como parceiros da Justiça Eleitoral no sentido de colaborar com a fiscalização dos crimes e ilícitos eleitorais, com a orientação da população acerca dos principais canais de denúncia, com a disseminação de notícias verdadeiras sobre as eleições e o efetivo combate à desinformação em seus mais diversos níveis.
Fonte: AMA