Olho Vivo: Baixaria toma conta na reta final da eleição em AL

Com as marcas da disputa eleitoral de 2022, o clima político em Alagoas esquentou de vez na reta final das eleições.

Os ataques pessoais entre os candidatos baixaram o nível e reforçaram a rivalidade entre grupos políticos.

Nesta 6ª feira, a coligação do senador Rodrigo Cunha (União Brasil), candidato a governador, exibiu um vídeo, que viralizou nas redes sociais, com declaração do ex-deputado Luiz Dantas, pai do governador Paulo Dantas (MDB) – candidato à reeleição.

Em um vídeo de 30 segundos, Luiz Dantas acusa o filho, o governador Paulo Dantas (MDB), de aproveitar da sua “chancela” (assinatura ou carimbo) para nomear pessoas das cidades de Batalha e Major Izidoro na folha de pagamento da Assembleia para, supostamente, fazer a “rachadinha”. O esquema foi descrito pela Polícia Federal como “Laranjal de Batalha”, terra natal da família Dantas.

Paulo Dantas negou os crimes e disse lamentar que questões familiares estejam sendo utilizadas politicamente. Abaixo, leia a nota na íntegra.

“Não sou e nem fui investigado em relação a esses fatos de 2017. Sou ficha limpa e lamento que questões familiares sejam usados pelo candidato Rodrigo Cunha, num jogo baixo para tentar desgastar minha imagem num momento em que lidero todas as pesquisas eleitorais”.

A pedido da coligação Alagoas Daqui Pra Frente, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Alagoas determinou, na mesma noite des sexta-feira (23), a retirada da TV do vídeo da propaganda do candidato Rodrigo Cunha (União Brasil) em que divulga a acusação de que o governador e candidato à reeleição, Paulo Dantas (MDB), estaria sendo alvo da Polícia Federal (PF) sobre nomeações de servidores fantasmas na Assembleia Legislativa.

A chapa governista acusa Cunha de divulgar conteúdo falso e conseguiu da Justiça Eleitoral o direito de resposta de um minuto durante as inserções do adversário.

A coligação de Rodrigo Cunha fala de um “estranhamento” sobre a decisão do juiz eleitoral Maurício Breda que retirou do ar o referido vídeo.

A decisão de Breda tem a sua linha lógica que não se baseia apenas no conteúdo do vídeo, mas sim do que é possível ou não levar ao ar por uma campanha. Há regras no jogo.

Sobre o mérito do vídeo, se Paulo Dantas participou ou não de algum esquema, eis algo a ser investigado pelos órgãos competentes e Dantas, como candidato, sem sombras de dúvida, deve explicações à sociedade.

Inclusive por conta das regras, a Justiça Eleitoral já teve decisões que puniram outros candidatos com o conteúdo que produziram.

O objetivo de Dantas e Cunha é o mesmo: convencer os seguidores, penetrar na alma e na mente dos eleitores e convencê-los de que são capazes de governar Alagoas.

Daqui até a próxima quinta-feira (29), muitas águas devem rolar!

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