A chapa governista acusa Cunha de divulgar conteúdo falso e conseguiu da Justiça Eleitoral o direito de resposta de um minuto durante as inserções do adversário.
“A veiculação questionada traz afirmação sabidamente inverídica e que ofende a honra do Representante, aparentando ter ultrapassado os limites da mera crítica política”, analisou o desembargador eleitoral Maurício Breda.
No vídeo de 30 segundos, veiculado pela campanha de Rodrigo Cunha e amplamente difundido nas redes sociais, o pai de Paulo Dantas, o ex-deputado Luiz Dantas, acusa o filho de aproveitar da sua “chancela” (assinatura ou carimbo) para nomear pessoas das cidades de Batalha e Major Izidoro na folha de pagamento da Assembleia para, supostamente, fazer a “rachadinha”.
O esquema foi descrito pela Polícia Federal como “Laranjal de Batalha”, terra natal da família Dantas.
“Eu tinha uma chancela para chancelar todos os documentos. Algumas pessoas foram para a folha da Assembleia sem o meu conhecimento. Paulo estava envolvido nisso também, porque Paulo fazia parte da estrutura. Ele fez um derrame dessa chancela no município de Batalha e Maior Izidoro. Eu não quero que as pessoas de Alagoas sejam surpreendidas como eu fui, ou traídas como eu fui”, diz o pai do governador no vídeo que ganhou as redes sociais.
À Gazetaweb, Luiz Dantas confirmou as declarações no vídeo, mas esclareceu que não falaria mais sobre o caso.
Em nota, o governador Paulo Dantas declarou que não é investigado. “Não sou e nem fui investigado em relação a esses fatos de 2017. Sou ficha limpa e lamento que questões familiares sejam usados pelo candidato Rodrigo Cunha, num jogo baixo para tentar desgastar minha imagem num momento em que lidero todas as pesquisas eleitorais”, afirmou.
Esta foi a segunda punição que Paulo Dantas conseguiu no TRE contra Rodrigo Cunha em setembro. Ainda nesta sexta-feira, o senador perdeu um minuto do tempo do guia eleitoral por divulgar imagens sobre os corredores do Hospital Geral do Estado (HGE).