Estudante que ameaçou colegas na Ufal vai responder a processo por racismo e ameaça de agressões
A Universidade Federal de Alagoas (Ufal), por meio de sua assessoria, informou que o estudante que ameaçou colegas na instituição vai responder a processo por racismo e ameaça de agressões. O caso envolveu o aluno da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Ufal (Feac) num grupo de Whatsapp, surpreendendo a comunidade universitária nessa quarta-feira (14).
A situação está sendo acompanhada, de perto, pela direção da FEAC e Gestão Superior da Ufal. O reitor Josealdo Tonholo estava em Brasília e, assim que foi comunicado, se reuniu em teleconferência com a equipe de inteligência da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e a Polícia Federal (PF), para tomar medidas imediatas.
“Nós abrimos um processo administrativo em conjunto com a direção da FEAC e remetemos todas as provas que estão postas, tanto para o Comando da Polícia Militar/SSP, quanto para a Polícia Federal. Esse processo administrativo vai ter repercussões do ponto de vista acadêmico, porque também vamos apurar as responsabilidades acadêmicas, já que isso está trazendo prejuízo para as nossas atividades”, adiantou Tonholo.
A Polícia Federal já entrou em contato com o aluno e a família. Pelo teor das informações recebidas, o estudante expressa opiniões racistas e “anarcocapitalistas”, com ameaças de ações de violência serial. Dada a complexidade das ameaças, pode haver tipificação como um crime de segurança nacional.
Um comunicado emitido pela FEAC suspendeu as aulas desta quinta-feira (15), considerando os traumas gerados naquele ambiente pelas declarações do estudante. Representantes da unidade acadêmica devem se reunir, para refletir sobre o acontecido.
O reitor informou que o expediente na Ufal segue normalmente nas demais unidades e setores, já que todas as providências foram tomadas relativas à segurança do campus, com policiamento reforçado a partir do acionamento da Secretaria de Segurança Pública.
“Comportamentos desse tipo são deploráveis e não vão ser tolerados por essa instituição”, reforçou Tonholo.
*Com assessoria e gazeta web