Bell Marques chega aos 70 anos como referência na música da Bahia e 40 anos de carreira

Foi atrás de um caminhão, o trio elétrico, que milhares de fãs de todas as partes do Brasil conheceram a potência da voz e dos acordes de Bell Marques. E é como referência dos hits do carnaval que o cantor chega aos 70 anos como um farol de alegria com sua música por onde passa.

Nesta segunda-feira (5), Bell comemora sete décadas de uma vida dedicada a, em cima do trio elétrico ou em um palco, alegrar e emocionar os fãs. Bell Marques não é o mesmo que em 1979 ajudou a puxar o bloco Traz os Montes, porém, mais de 40 anos depois, ele segue levando a massa onde quer que vá.

Longe de pensar em pendurar as chuteiras – e guitarras – Bell continua como referência, e se a coroa do axé estivesse em disputa, certamente seria um campeão por pontos, por regularidade, e pela manutenção de uma alegria que nas ruas de Salvador faz dele um rei da folia.

Dono de blocos de tradicionais, festas badaladas, Bell se tornou um referência em todos os sentidos da música. O Bell que assumiu os vocais do Chiclete com Banana em 1986, após a saída do então vocalista Missinho, atravessou gerações como a voz do carnaval da Bahia e, mais que isso, se tornou múltiplo: compositor, cantor, empresário.

Com ele, o Camaleão se tornou um dos principais blocos da folia baiana. Vieram outros frutos, como o Vumbora, o Camarote do Nana, o Ensaio Geral.

Há 25 anos, Bell ousou de novo e no melhor estilo camaleão foi beber na água do forró, onde o grupo de axé também fez história e criou o “Forró do Bosque”, uma festas mais tradicionais do período junino na Bahia. Os discos “Chiclete no Forró”, que em 2022 completou 30 anos, e “São João de Rua” são celebrados como marcos na história do grupo.

Mas é impossível negar que é no carnaval de Salvador que o reinado de Bell Marques se torna ainda mais representativo. Quando os primeiros acordes soam de sua guitarra e um multidão parece flutuar a alguns metros do topo do trio elétrico, não é preciso localizador para saber que ali está Bell Marques.

Mais do que artista definidor de um ritmo, Bell se tornou voz para canções marcantes na história do axé. Músicas de nomes como Paulinho Camafeu, Luiz Caldas, Tenison Del Rey, Tatau, Tonho Matéria, Jorge Zarath, e Chocolate da Bahia se tornaram hits cantadas por Bell.

No Chiclete com Banana foram 30 anos de parceria com os então sócios, seus dois irmãos, o tecladista Wadinho, 65, e o engenheiro de som Wilson, 67, e o ex-baterista do grupo Reynaldo Gamacho, o Rey.

Depois disso, Bell seguiu voando em carreira solo e arrastando sua legião de fãs. A outrora improvável separação serviu para consolidar uma carreira de um dos artistas mais queridos do país, uma espécie de embaixador do carnaval da Bahia.

Bell chega aos 70 com disposição e foco em 2023, quando daqui a menos de seis estará de volta às ruas de Salvador, o seu maior palco, depois de um hiato de dois anos causados pela pandemia de Covid-19.

*Gazeta web

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