Polícia prende mais um suspeito no assassinato do auditor da Sefaz em Maceió

A Polícia Civil prendeu na manhã desta quinta-feira (1) mais um suspeito na morte do auditor fiscal da Secretaria da Fazenda de Alagoas, João Assis Pinto Neto. Segundo a delegada Roseimeire Vieira, que investiga o caso, o preso é o terceiro irmão de dois homens já presos que confessaram o assassinato. No início da semana, a mãe dos três homens também foi presa por participação no crime.

O homem preso nesta quinta foi Ricardo Gomes de Araújo. Ele já tem passagem pela polícia por outros crimes. Durante as investigações, os irmãos e a mãe dele tinham negado a sua participação no crime.

“Ele foi preso em decorrência de novos elementos que surgiram no decorrer das investigações, sobretudo análise de imagens que demonstram que ele participou não só da ocultação dos vestígios do crime como também da morte do fiscal, segundo foi apurado no inquérito policial”, disse a delegada ao g1.

O preso foi levado para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Chã de Bebedouro, em Maceió. O mandado de prisão temporária foi expedido pela 9ª Vara Criminal e a prisão foi realizada no Tabuleiro.

Agora são 4 pessoas presas por envolvimento na morte de João Assis. Veja abaixo quem são cada uma e o que sabe sobre a participação delas.

  • Maria Selma Gomes Meira, mãe dos homens presos: ela confessou ter limpado a cena do crime e dirigido o carro até o local onde o veículo da Sefaz foi deixado, mas nega participação direta no homicídio;
  • João Marcos Gomes Araújo, primeiro a ser preso: confessou que presenciou o assassinato, mas não fez nada para impedir porque, segundo seu advogado, teria ficado muito assustado;
  • Ronaldo Gomes de Araújo, segundo irmão preso: confessou à polícia que cometeu o assassinato e acusou a vítima de tentar extorqui-lo durante uma fiscalização ao seu mercadinho;
  • Ricardo Gomes de Araújo, terceiro irmão, preso nesta quinta: segundo a polícia, imagens de câmeras de segurança mostram que ele deixou o estabelecimento da família dirigindo o carro da Sefaz e parou em um posto de combustíveis para comprar gasolina, possivelmente usada para colocar fogo no corpo de Assis. Testemunhas que foram ouvidas confirmaram os fatos.

João Assis estava fazendo o trabalho de fiscalização em um mercadinho no Tabuleiro do Martins quando a família perdeu o contato com ele. O fiscal investigava se o estabelecimento venderia material adquirido através do crime de receptação de mercadoria roubada.

O corpo foi encontrado carbonizado e com sinais de violência em um canavial no Benedito Bentes, em Maceió, no último dia 27.

Em laudo divulgado nesta segunda, o Instituto Médico Legal (IML) atestou que a vítima teve 95% do corpo carbonizado após morrer por traumatismo craniano.

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