As medidas judiciais foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes. Além dos mandados de busca, o magistrado determinou a quebra de sigilo financeiro e o bloqueio das contas bancárias e das redes sociais dos investigados.
Bolsonaro sentou ao lado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e do ex-presidente do STJ Humberto Martins, que passou o cargo para a ministra Maria Thereza.
“Um Judiciário forte é essencial. É essencial que o papel do juiz seja exercido com ética, protegendo a constituição e a democracia. Independências, transparência e diálogo entre as instituições se mostram essenciais”, destacou Maria Thereza em sua fala.
“Exercer o cargo de presidente foi uma grande honra. Vivenciamos momentos de profundas transformações na sociedade, e o Poder Judiciário não saiu incólume. Manifesto minha solidariedade a todos que perderam um ente querido durante a pandemia. Nesses anos, foram decididos, pelo STJ, 1 milhão de processos que interferem diretamente na vida do cidadão brasileiro”, afirmou Humberto Martins em seu discurso.
A nova presidente
Com 15 anos de atuação no STJ, a ministra é a atual corregedora nacional de Justiça, cargo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Maria Thereza foi eleita por aclamação em maio. A magistrada é a segunda mulher a ocupar a presidência do tribunal. A primeira foi Laurita Vaz, no biênio 2016-2018.
Maria Thereza atuará juntamente com um corpo de ministros majoritariamente masculino. O tribunal é composto de, no mínimo, 33 ministros, nomeados pelo presidente da República. Atualmente, só seis são mulheres. Isso representa 18% dos ministros da Corte.