Após morte de motorista de APP, reunião discute medidas de segurança para os profissionais

Botão do pânico, câmeras dentro dos carros, reconhecimento facial, pedido de certidões de nada consta, parcerias entre as empresas dos aplicativos com programa de localização de desaparecidos foram algumas das medidas de segurança sugeridas durante reunião entre o Ministério Público Estadual (MPE-AL) e outras autoridades para motoristas de transportes por aplicativos. A reunião ocorreu nesta quinta-feira (25) e contou com de advogados de quatro aplicativos.

A reunião, que durou três anos, ocorre após o assassinato da motorista por aplicativo, Amanda Pereira Santos Silva, no dia 16 deste mês. Ela foi vítima de um latrocínio, enquanto atendia a uma corrida com três pessoas – dois homens e um mulher. Os três foram presos.

Uma nova reunião foi marcada para às 14h do dia 14 de setembro, para que as autoridades discutam, de forma presencial, com técnicos da área de segurança e tecnologia das plataformas, essas novas medidas a serem implementadas.

Dentre elas, está a sugestão do MPAL para que as empresas se tornem parceiras do Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos, de modo que, em caso de suspeita de sumiço de qualquer motorista, o sistema PLID seja acionado para que buscas imediatas possam ser iniciadas.

“Quando nós somos acionados, naquele mesmo momento já mobilizamos toda a rede conveniada, a exemplo das Polícias Militar e Civil e hospitais, de maneira que sejam adotadas medidas urgentes para tentar localizar a vítima. Portanto, pensando na proteção dos motoristas, as empresas poderiam criar uma ferramenta para nos acionar assim que suspeitar de algo”, explicou a promotora de Justiça Marluce Falcão, coordenadora do PLID e do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos do Ministério Público.

Os pais da vítima, Valdici dos Santos e Adail Pereira Santos, que estavam presentes à reunião, pediram justiça pela morte da filha. “Eu falei tanto para ela não ser motorista de aplicativo, mas a minha menina não tinha medo de trabalho. E da mesma forma que ela perdeu a vida enquanto trabalhava, outros tantos também podem ter esse destino trágico. Imploro que as empresas adotem mecanismos que deem mais segurança aos motoristas e que as autoridades punam os assassinos”, desabafou Adail.

*Com assessoria e Gazeta web

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *