Após 3 dias de buscas, quatro fugitivos do Presídio do Agreste são recapturados

Quatro detentos que fugiram do Presídio do Agreste, situado no município de Girau do Ponciano, foram recapturados pela Polícia Penal. A informação foi confirmada na manhã desta quinta-feira (04), pela Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris).

Apesar da captura, oito presos permanecem foragidos.

A operação, com apoio das demais forças de segurança do Estado, continua para a recaptura de todos os outros.

A FUGA

Doze presos fugiram do Presídio do Agreste, no município de Girau do Ponciano, Alagoas, no último domingo (31). Não há informações, até o momento, de como se deu a fuga.

Os fugitivos foram identificados como Lucival da Conceição Bezerra Lima, Luan Alberto Araújo Ferreira, José de Lima Martins, José Sebastião Vicente da Silva, José Rendrikson Barbosa Vilar, João Paulo Santos Silva, Henrique Alvino dos Santos, Jaelson Candido da Silva, Ewerton Soares Cordeiro, Claudemir da Silva, Alison Miranda da Silva e Adilton Franca da Silva.

Os fugitivos teriam ligação com facções criminosas. Seis deles estão cumprindo pena por homicídio e os demais se envolveram na prática criminosa de tráfico de entorpecentes, roubo e porte ilegal de arma de fogo.

FALHAS NO PRESÍDIO

Documentos obtidos pela Gazetaweb apontam uma série de falhas no Presídio do Agreste, como câmeras sem vigilância, guaritas sem policiais e local sem iluminação, onde ocorreu a fuga de 12 reeducandos. Em depoimento à Polícia Civil, um funcionário do presídio contou que os presos fugiram após serrarem o ferro da grade com lâminas de barbear.

O relatório interno aponta que a fuga ocorreu por volta das 18h e foi capturada por três câmeras de segurança, porém nenhuma das câmeras foi visualizada no momento. Os documentos apontam que a fuga só foi descoberta mais de três horas depois, às 21h20, porque os presos não apareceram para tomar medicação.

O mesmo documento cita que o local onde aconteceu a fuga tem iluminação deficiente, ou seja, é escuro. Segundo o relatório da ocorrência, os presos levaram dois minutos para passarem pelas grades e pular as cercas da unidade prisional. Em seguida, os reeducandos teriam ido para uma região de mata.

O relatório do plantão da unidade aponta ainda que quatro guaritas externas não foram ocupadas pelos policiais penais da unidade, em decorrência do baixo efetivo dos policiais que desenvolvem a função na unidade prisional do Agreste.

Na segunda-feira (1º), a Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) solicitou, da empresa Reviver, que administra a unidade prisional, que sejam disponibilizados “[…] os nomes dos supervisores, colaboradores escalados na central de monitoramento e monitores que realizaram inspeção estrutural das grades[…].”

*Gazeta web

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