Arthur Lira nega em entrevista ter relação com esquema de corrupção em Rio Largo

O alagoano, presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP) negou ter relação com o esquema de corrupção apontado pela PF contra o prefeito Gilberto Gonçalves, de Rio Largo, na região metropolitana de Alagoas.

Arthur Lira deu entrevista para o Portal da Jovem Pan, e disse que os parlamentares não possuem responsabilidade com a execução e fiscalização financeira da verba enviada por eles para os gestores.

“Eu sempre falei, sempre defendi o orçamento compartilhado por todos os parlamentares. Mais licito, mais correto. Parlamentar tem responsabilidade na indicação, não na execução. Não faz licitação, não faz pagamento, fiscalização. Para isso existem órgãos de controle e quem errar, órgãos estarão atentos. Que ilações não sejam propagadas com má fé e ma índole”, afirmou o deputado.

Esta não é a primeira vez que o nome de Arthur Lira é envolvido em casos suspeitos de corrupção junto a Gilberto Gonçalves. Lira e Gilberto Gonçalves são acusados de participar de um gigantesco esquema de desvio de dinheiro, de cerca de 300 milhões de reais, alvos da Operação Taturana, deflagrada pela Polícia Federal em 2007. Gonçalves foi preso, e Lira, afastado do cargo. Ambos foram indiciados. Condenado por improbidade administrativa em duas instâncias, Arthur Lira até hoje recorre da sentença.

Desta vez, Lira é apontado como maior ‘investidor’ de Rio Largo por parte de verba do orçamento secreto. Conforme levantado pela Revista Piauí, 90,8 milhões de reais do orçamento secreto foram empenhados para os cofres da Prefeitura de Rio Largo. A quantia que Arthur Lira assumiu ter liberado para Rio Largo é de 16,7 milhões. Há, portanto, 74,1 milhões de reais empenhados para o município sem que o autor da indicação seja identificado.

Gilberto Gonçalves é acusado de ter desviado quase R$ 13 milhões dos cofres públicos através de contratos fraudulentos com duas empresas laranjas – Litoral Construções e Serviços Ltda e Reauto Serviços e Comércio de Peças.

O desvio das verbas acontecia por meio de saques, que eram feitos por funcionários das empresas em uma agência da Caixa Econômica Federal, e entregues em pacotes, de R$ 49 mil, para funcionários e seguranças de Gilberto Gonçalves. Uma indicação, de pagamento de propina.

Nesta semana, a defesa de Gilberto Gonçalves conseguiu uma liminar do TRF da 5º Região, suspendendo as investigações do caso.

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