MP-AL denuncia padrasto que confessou estupro da enteada durante 9 anos em Pilar

O Ministério Público do Estado de Alagoas (MP-AL) denunciou o homem que foi confessou ter estuprado a enteada desde que ela tinha 12 anos até os 21 anos, em Pilar. A vítima deu à luz três bebês neste período. O primo do estuprador também foi denunciado por ter sido conivente com os crimes, registrando a primeira criança como filha dele. Ambos foram presos no dia 6 de julho.

O padrasto, Edilson Zeferino Correia, tem 37 anos. O primo dele, Clécio Zeferino Correia, 28 anos. A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos acusados. Segundo o MP-AL, o advogado deles entrou com pedido de relaxamento de prisão, mas o promotor sustenta que haja a reconsideração pelo pedido de prisão preventiva.

“Denunciamos os dois, defendemos a prisão preventiva porque entendemos que o primo do autor, ao se dizer pai da primeira criança fruto do estupro, compactua com o crime e em liberdade colocariam a vida delas em risco”, disse o promotor de Justiça Sílvio Azevedo, da Promotoria de Justiça da Comarca do Pilar.

O caso foi denunciado à polícia de forma anônima no dia 17 de maio. A partir daí, as investigações começaram, resultando nas prisões. A mãe da menina foi ouvida no inquérito, mas não é investigada. Ela disse à polícia que vivia sob constantes ameaças.

“A menina começou a ser abusada aos doze anos, ameaçada, silenciou, engravidou aos catorze. O padrasto, o estuprador, para se livrar e continuar com a violência sem que a companheira e mãe da vítima , que também era estuprada, desconfiasse, combinou com o primo para assumir a paternidade, mas não parou por aí, os estupros tiveram continuidade e mais duas crianças nasceram”, ressalta o promotor.

Para sustentar o pedido de prisão do primo do padrasto da vítima, a promotoria cita o crime tipificado no art. 242: “Dar parto alheio como próprio; registrar como seu o filho de outrem; ocultar recém-nascido ou substituí-lo, suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil”.

O filho mais velho da vítima, registrado por Clécio, tem atualmente 6 anos. As outras duas crianças nascidas dos estupros, uma de três anos e a outra de três meses, têm no registro de nascimento o nome de Edilson como pai.

“Pessoas ouvidas pela polícia informaram que quando o estuprador era questionado sobre a menina engravidar, ele respondia que engravidava fora e que ele assumia as crianças para que elas não crescessem sem pai”, revelou o delegado responsável pela investigação, Ronilson Medeiros.

O crime ocorreu ao longo de nove anos. Nesse período o homem teve outros três filhos com a mãe da vítima, com quem continuou casado mesmo depois que a enteada engravidou dele.

*G1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *