Mais de 140 imóveis em Batalha, AL, estão em áreas com risco alto de inundação
O Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), identificou 147 imóveis em áreas com risco alto de inundação em Batalha, no interior de Alagoas. Cerca de 580 pessoas vivem nesses locais, segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira (27).
Os pesquisadores estiveram na cidade no mês de maio para realizar o levantamento. O relatório e o mapa das cinco áreas de risco em Batalha foram publicados pelo órgão nesta semana.
A cidade tem construções às margens do Riacho da Vaca e do Rio Ipanema, que em 2020 chegou a atingir 7 metros acima da média.
Segundo o estudo, as áreas identificadas são Avenida Arizona, Rua José de Freitas (Centro), Rua Professora Maria Emília e duas no bairro Água Pés.
Os mapas e relatórios foram encaminhados aos gestores públicos das cidades. As informações podem subsidiar a adoção de medidas de prevenção nas áreas identificadas. No relatório, os pesquisadores também indicam o que pode ser feito nas cidades para evitar perdas de vida e danos materiais.
“O município teve grande parte da população afetada de forma direta pelo evento ocorrido em 2020. Desastre como este pode ocorrer novamente devido às características topográficas e geológicas da região, desta forma é importante a instalação de um sistema de monitoramento, implantação de alerta, a criação de um plano de emergência”, diz trecho do relatório.
Além de Batalha, outras 30 cidades alagoanas, incluindo Maceió, já foram mapeadas pelo Serviço Geológico do Brasil desde 2012, quando o trabalho foi iniciado pelo órgão em todo o país.
Foram identificadas nesse período 191 áreas de risco: 37 áreas de risco muito alto e 154 áreas de risco alto, onde vivem aproximadamente 74 mil pessoas. Nestas localidades, a maior parte do risco é para ocorrência de deslizamentos, seguido de inundação, enxurrada e erosão.
*G1
