Pindorama compõe comitiva em visita a indústrias sucroalcooleiras na Bolívia

Viagem serviu segundo o diretor-secretário, Antônio de Oliveira, como intercâmbio para troca de conhecimentos no campo agroindustrial

Por Edmilson Teixeira

A Cooperativa Pindorama, localizada no municipio de Coruripe, Litoral Sul de Alagoas, esteve representada em comitiva composta pela Cooperativa Bioenergética de Canavieiros Brasileiros PE (Coaf) e Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), durante viagem para visitar indústrias sucroalcooleiras instaladas em Santa Cruz, região que concentra as principais usinas da Bolívia, como a Aguaí, San Aurélio, La Bélgica e Unagro e Guabirá.

A visita, que serviu como intercâmbio para troca de conhecimento agroindustrial, ocorreu no período entre quinta e sábado da última semana . Pindorama foi representada, na ocasião, por seu diretor-secretário, Antônio de Oliveira, que, após conhecer as instalações da unidade industrial Guabirá, se disse impressionado com o que viu.

“Fiquei impressionado com a boa topografia da região e também com a forma inteligente de gestão da Usina Guabirá junto aos mais de 1.500 fornecedores de cana, lá chamados de cañeros. Aproveito e parabenizo o brasileiro Hugo Cavalcante, gerente na Guabirá, responsável, também, nesta organização de chegada de cana na indústria”, destacou Oliveira.

“A Usina Guabirá já foi uma estatal e, hoje, se transformou em S/A, com vários acionistas e números bastante positivos, gerando o desenvolvimento de toda uma região”, complementou.

Com 65 anos de atividade, a Usina Guabirá é responsável por quase a metade de todo açúcar produzido na Bolívia. A indústria também produz energia elétrica, álcool e derivados, levedura seca, rum, ração para bovinos, bagaço hidrolisado e biofertilizante. Em 2018, ano em que a unidade se tornou fabricante de biocombustível, já favorecia mais de 1,5 mil produtores de cana da região.
A produção anual de açúcar da Guabirá gira em torno de 3,5 milhões de toneladas por safra, representando 40% da demanda nacional. A usina foi a primeira planta de biomassa a fornecer energia para a Bolívia, gerando, por exemplo, 1% da procura total da rede para a cidade de Montero, capital da província de Obispo Santistevan, no departamento de Santa Cruz.

Coincidentemente, no dia da visita da comitiva brasileira, a Guabirá bateu seu recorde de moagem diária, alcançando 21 mil toneladas de cana processada.
A gestão da Guabirá é realizada através da Unión de Cañeros Guabirá, composta por 38 instituições de produtores de cana, afiliadas em associações e cooperativas. São mais de 1.500 produtores afiliados e 1.800 acionistas.

Para Antônio de Oliveira, conhecer o modelo de gestão sucroenergético do país vizinho trouxe a convicção de que as diretrizes adotadas em Pindorama sempre estiveram no caminho certo.

“Aí entra nosso slogan, ‘ninguém é forte sozinho’. No exemplo da Guabirá, o que era uma empresa arrasada, falida, com a união dos produtores e uma boa liderança, tornou-se a gigante que é hoje, gerando tanta riqueza e renda e servindo de exemplo para tantas outras. Então, volto com a certeza que temos potencial para muito mais na nossa Cooperativa Pindorama”, destacou o diretor alagoano.

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