Justiça determina que Equatorial e Sima paguem 2,5 salários à mãe de criança eletrocutada em Maceió

A Justiça determinou que a Equatorial Alagoas e a Superintendência Municipal de Iluminação Pública (Sima) paguem, mensalmente, 2,5 salários mínimos à mãe do menino de 10 anos que ficou com graves sequelas após sofrer uma descarta elétrica ao tocar em um poste na Praça dos Martírios, em Maceió, em janeiro.

A decisão é de sexta-feira (20). Dessa vez, a Justiça analisou o descumprimento de ordem judicial por parte da Equatorial. A distribuidora foi condenada em março, mas até o dia 16 de abril, não havia realizado nenhum depósito, segundo o Ministério Público Estadual (MP-AL) e a mãe do menino.

O juiz também analisou pedido de reconsideração feito pela distribuidora para obrigar somente a Sima a fazer os depósitos. Isso porque a Equatorial alega que a estrutura não é de sua responsabilidade, por se tratar de poste com destinação exclusiva à iluminação pública, serviço de competência da Prefeitura de Maceió.

O juiz entendeu que tanto a distribuidora quanto a Sima são responsáveis pelo acidente, por isso ficam obrigadas a fazer o pagamento mensal para cuidados do menino Davi Luiz.

Por meio de nota, a Equatorial afirmou que “cumpriu a recomendação feita pelo MP referente à ajuda de custo para a família e já procedeu com os depósitos dos valores determinados. Entretanto, a empresa informa que segue com recurso ao Judiciário, tendo em vista que o poste envolvido na situação serve exclusivamente para iluminação pública e, por via de consequência, sua manutenção é de responsabilidade tão somente da Prefeitura Municipal”

O g1 também entrou em contato com a Sima para comentar o caso, mas não tinha recebido resposta até a última atualização desta reportagem.

“Quanto ao pedido de reconsideração, entendo que, ao menos neste momento processual, revela-se injusto exonerar a Equatorial da obrigação determinada na decisão de fls. 56/61. Por outro lado, entendo como justo que a outra demandada (SIMA) responda solidariamente com a Equatorial, já que também é ré e eventual corresponsável pelo ato afirmado na inicial”, diz trecho do documento.

Uma audiência de conciliação ficou marcada para o dia 6 de junho. Tanto a Equatorial quanto a Sima pode ser multadas, caso não cumpram a decisão judicial.

“Quanto à informação de descumprimento, INTIMEM-SE as partes para que cumpram fielmente o citado comando jurisdicional, em cinco dias, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 (mil reais), limitada ao valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais)”, diz outro trecho do documento.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *