Chuva causa alagamentos em Maceió e em cidades do interior de Alagoas

Maceió registrou uma série de pontos de alagamento com as chuvas que atingiram o município na tarde deste sábado (21). De acordo com a Sala de Alerta da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), as chuvas que atingiram o município são consideradas isoladas, mas o alerta de chuvas fortes emitidas essa semana está mantido até o final do domingo.

A Defesa Civil de Maceió informou que nenhuma ocorrência foi registrada por conta da chuva, mas a diretoria operacional do órgão acionou quatro caminhões com equipamento para drenar a água de alguns pontos de alagamento em pontos mais crítico (confira a nota na íntegra no fim da matéria).

Para o coordenador da sala de alerta da Semrah, Vinícius Pinho, mesmo a chuva chegando com menos intensidade em algumas regiões de Alagoas, o órgão se mantém atento e monitorando o avanço do sistema.

“Acho que houve um exagero em relação ao que divulgamos, mas o alerta está mantido. A chuva que chegou a Maceió é bem abaixo do que o esperado e é considerada normal para o período, mas isso não faz com que o alerta que emitimos seja inválido. Ele está mantido até o final do domingo”, advertiu Vinícius Pinho.

Vinícius disse ainda que embora a chuva tenha chegado a Maceió com menor intensidade, a Sala de Alerta recebeu informações de cidades alagoanas com diversos pontos de alagamento, a exemplo de Feliz Deserto e Coruripe.

“Os informes que temos recebido apontam para chuvas de 108 milímetros em Feliz Deserto nas últimas 12 horas. Em Coruripe temos o registro de 88 milímetros de chuva nas últimas 12 horas, e temos monitorado tudo bem de perto”, afirmou o coordenador.

De acordo com uma nota técnica divulgada pela Semarh na tarde deste sábado, para o Estado de Alagoas as chuvas mais significativas se concentraram nas regiões do Sertão, Sertão do São Francisco, Baixo São Francisco e na porção sul da Zona da Mata e Litoral.

Chuva se concentra nas regiões Sertão, Alto e Baixo São Francisco, parte do Agreste, da Zona da Mata e no Litoral Sul de Alagoas — Foto: Semarh

Chuva se concentra nas regiões Sertão, Alto e Baixo São Francisco, parte do Agreste, da Zona da Mata e no Litoral Sul de Alagoas — Foto: Semarh

MAIORES ACUMULADOS DE CHUVA EM 20/05/2022

  • Delmiro Gouveia (CEMADEN): 52,8 mm
  • Delmiro Gouveia (UHE Xingó): 48,2 mm
  • Senador Rui Palmeira (PD): 42,0 mm
  • Piranhas (CHESF): 39,0 mm
  • Mata Grande (PD): 35,4 mm
  • Santana do Ipanema (ANA): 30,2 mm
  • Traipu (UHE Xingó): 27,8 mm
  • Pão de Açúcar (CHESF): 26,3 mm
  • Piranhas (UHE Xingó): 21,8 mm
  • Limoeiro de Anadia (CEMADEN): 19,2 mm
  • Limoeiro de Anadia (ANA): 17,0 mm
  • Anadia (ANA): 15,6 mm
  • Traipu (CHESF): 10,7 mm

O documento publicado pela Semarh aponta ainda que “as condições atmosféricas e as previsões mais recentes ainda indicam possibilidade de elevados acumulados de chuva para as regiões ambientais na porção leste do Estado de Alagoas entre os dias 21 e 22/05/2022”.

O alerta de chuva forte foi emitido na quinta-feira (19) pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A massa de ar polar que atinge as regiões Sul e Sudeste do Brasil poderia trazer chuva para Alagoas. Havia previsão de que o volume de chuva pudesse chegar a 200 mm, o dobro do volume necessário para se considerar chuva muito forte.

Diversos órgãos estaduais e federais estiveram reunidos na nesta sexta (20) para definir o plano de atuação em caso de emergência. O receio era que pudesse acontecer um desastre semelhante ao que aconteceu em 2010, quando 19 municípios foram devastados pela força das águas, matando dezenas de pessoas.

“NOTA

Demanda: chuva no final de semana

A Defesa Civil informa que todos os agentes continuam em atenção com as chuvas que caem na capital. O Centro Integrado de Monitoramento e Alerta registrou cerca de 30mm na Cidade Universitária, e média de 21mm em toda Maceió, além de alagamentos em alguns pontos da cidade.

O setor operacional já acionou quatro caminhões para sugar a água dos pontos alagados, e estão se dirigindo para a Ponta Verde, Amélia Rosa e Pinheiro, onde há mais necessidade.

Até o momento não foram registradas ocorrências, mas o órgão reforça que em caso de necessidade, a população pode acionar a Defesa Civil pelos números 199 e 156.”

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