“Tive ataque de pânico após a Covid”, conta fisioterapeuta de 32 anos

Jonathan Galvão/ Imagem cedida ao Metrópoles

Antes da pandemia, o fisioterapeuta Jonathan Galvão, 32 anos, mantinha rotina regular de atividades físicas, com corridas e exercícios de calistenia ao ar livre. Duas infecções pelo coronavírus, entretanto, impactaram a vida saudável do alagoano radicado no DF.

No início do ano, apenas 15 dias depois de se recuperar pela segunda vez da Covid-19, Galvão tentava retomar as atividades físicas quando sentiu palpitações fortes no coração e falta de ar. Após uma bateria de exames que não acusou nada, os médicos atribuíram o episódio a um ataque de pânico.

“Eu fiquei 40 minutos deitado no chão esperando ajuda, com o coração acelerado, achei que estava morrendo. Já fiz exercícios em várias situações adversas e nunca passei mal assim. Talvez o meu corpo ainda estivesse debilitado. Fiquei alguns dias reflexivo”, conta Galvão.

O rapaz trabalha desde o início da pandemia em unidade de terapia intensiva (UTI) e emergência, em contato diário com pacientes com quadros graves da infecção. Ele pegou Covid pela primeira vez em junho de 2020, quando passou quatro dias internado com baixa saturação de oxigênio no sangue, cansaço excessivo, dor no corpo, perda de paladar e parosmia (distorção dos odores).

Os sintomas da nova contaminação, em janeiro deste ano, foram mais brandos, mas ainda assim causou prejuízos. “A segunda infecção me deixou mais deprimido, menos resiliente, menos paciente com as tarefas mais longas”, afirma.

Galvão relata que até hoje não recuperou totalmente o olfato. “Passei um tempo com medo, porque fiquei sem sentir cheiros, mas me acostumei. Quando o meu perfume acabou, comprei outro igual apenas por saber que o cheiro era bom”, pontua.

 

Metrópoles

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