Equatorial extrai com punhal da legalidade as tripas financeiras do consumidor alagoano

Com toda certeza você já deve ter ouvido falar que o rim é o órgão mais caro no mercado negro, ou até a frase “vou precisar vender o meu rim”, mas você já se perguntou por que ele é tão valioso? Rim é o órgão mais esperado para transplante.

Tal qual o rim, está o elevado preço da energia cobrado pela Equatorial. Como se não bastasse, o reajuste de cerca de 20% nas tarifas de energia elétrica dos consumidores de Alagoas vai causar dor de cabeça aos consumidores e massacrar os mais pobres e já acende o alerta para as distribuidoras de todo o país.

Não é possível, na atual situação econômica, um reajuste de tal magnitude. A empresa atende aproximadamente 1,2 milhão de unidades consumidoras no estado, cujo consumo de energia elétrica representa faturamento anual da ordem de R$ 2,2 bilhões.

A Equatorial Energia S.A. venceu o leilão da Companhia Energética de Alagoas (Ceal),  colocada à venda em 2018. A privatização da Ceal (Companhia Energética de Alagoas) é um caso repleto de gravíssimos erros administrativos e da ineficiência. Só a ignorância dos fatos e o longo tempo transcorrido explicam as dificuldades de sua compreensão.

Sob o governo de Michel Temer (MDB-SP), a antiga Companhia Energética do Estado de Alagoas (CEAL) foi vendida pela bagatela de R$ 50 mil (cinquenta mil reais), as contas dos milhões de moradores do estado sofreram reajustes de energia de 26,3%, até então, todos autorizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Todos os compradores das empresas públicas são, é claro, donos de empresas privadas que, em nome do lucro, como era previsível, deixam a população sem atendimento decente, mesmo cobrando altos valores nas tarifas de energia.

A Equatorial Energia, comprou as companhias estaduais de Alagoas, Piauí e Maranhão.

Insensível, a Equatorial continua cortando a energia e cobrando além do valor realmente utilizado. Quem sofre com isso é o trabalhador e a classe “C”, que gasta a bagatela de 20% a 30% de um salário, para pagar a energia de uma simplória residência.

Como frisou em sua coluna no portal Cada Minuto, o jornalista Ricardo Mota, “a Equatorial – que teve um lucro de R$ 1,9 bi em 2021 – vai extraindo, com o punhal da legalidade, as tripas financeiras do consumidor local”.

 

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