Mãe de grávida vítima de bala perdida na Levada chora e cobra Justiça: “Minha filha nunca fez mal a ninguém”
Arlete Silva, mãe de Aryadna Marcella, a grávida de 24 anos que foi morta vítima de uma bala perdida no bairro da Levada, em Maceió, chorou em desabafo ao falar sobre o que ocorreu com a filha. Aryadna foi baleada no dia 9 de abril e, grávida de 7 meses, foi socorrida para o Hospital Geral do Estado, onde esteve internada até sábado (16), quando não resistiu aos ferimentos e morreu. O corpo foi sepultado no domingo (17) e agora a Polícia Civil investiga os responsáveis pelos disparos.
A mãe de Aryadna contou que a filha deixou três filhos – um de seis anos, outro de cinco e um terceiro de três anos. Este último, segundo ela, estava no braço da filha quando tudo ocorreu.
“O mais velho já sabe [da morte da mãe], entende, porque tem seis anos, o do meio tem cinco, e o pequeno tem três aninhos e estava nos braços dela quando aconteceu tudo. Ela sempre trabalhou para criar os filhos dela. Sempre foi uma pessoa muito boa. Minha filha não era de beber, de andar com “cabra” errado, nunca fez nada de errado, nunca fez mal para ninguém, nunca, nunca”, conta aos prantos, em entrevista à TV Pajuçara.
Segundo informações policiais, a jovem estava saindo da casa de uma amiga e aguardava, na porta do imóvel, o transporte por aplicativo que havia solicitado. Neste tempo, no entanto, teria começado uma suposta disputa entre facções, a qual ela foi vítima de bala perdida. Aryadna chegou a ser socorrida para o HGE, mas, assim como ela, o bebê que esperava não resistiu aos ferimentos.
“A jovem saía da casa de uma amiga quando foi atingida. Ela estava, inclusive, com um filho nos braços. Infelizmente, isso aconteceu dentro de um contexto que é cada vez mais comum no Brasil e em Alagoas, que é a briga para exercer o domínio do tráfico de drogas. Colhemos algumas evidências e estamos pedindo à população que colabore com as investigações, caso tenha alguma informação sobre o caso. A denúncia pode ser feita pelo 181”, afirma o delegado Thiago Prado, que investiga o caso.
Segundo Arlete, ela ainda chegou a se comunicar com a filha quando o fato ocorreu. “Quando cheguei lá, pegou na minha mão, disse que estava com muita dor, eu disse a ela que ela podia apertar na minha mão, sempre que a dor dela viesse para passar para mim. Ela disse que tudo o que ela tinha na vida era eu e os três filhos dela”, relata a mãe da vítima, enquanto continuava a chorar.
Até o momento ninguém foi identificado ou preso pelo crime.
*Com TV Pajuçara
*Gazeta web