Santa Casa: Neurocirurgia alagoana comemora avanços na área
O Serviço de Neurologia e Neurocirurgia da Santa Casa de Maceió celebrou, no último dia 14, o Dia do Neurocirurgião. Com sete neurocirurgiões, o hospital segue se destacando no cenário nacional com a realização de procedimentos de alta complexidade, tanto de urgência como nas cirurgias eletivas.
Em Alagoas, a área da neurocirurgia foi implantada em 1972 pelas mãos do pernambucano Abynadá Siqueira Lyro, a convite do provedor do hospital Sizenando Nabuco, e do diretor médico da instituição, João Fireman. Em 50 anos, as cirurgias cranianas, da coluna vertebral, e dos nervos periféricos foram se aperfeiçoando.
“Santa Casa de Maceió foi o berço da neurocirurgia, significa tradição. E onde existe tradição, existe segurança, e a nossa principal preocupação é a segurança do paciente. Para tanto, a partir dos exames de imagem e os critérios fisiológicos, sempre avaliamos o paciente observando todos os pontos. Dois neurocirurgiões participam dos procedimento para garantir a segurança de cada cirurgia”, destacou o coordenador do Serviço de Neurologia e Neurocirurgia do hospital e diretor de Integração da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), o neurocirurgião, Aldo Calaça.
Todos os casos são discutidos previamente com a equipe do serviço para encontrar a melhor proposta terapêutica para cada paciente. Dentre as cirurgias cranianas realizadas no hospital, estão o tratamento das doenças cérebro-vasculares, hemorragias cerebrais, aneurismas, infartos cerebrais, e outras patologias, como doenças tumorais da base do crânio, intra-cerebrais.
Na coluna, são operadas doenças degenerativas e tumorais. “O hospital mantém o investimento contínuo em capacitação e aprimoramento das técnicas cirúrgicas, como a microneurocirurgia, que possibilita operar lesões que antigamente eram consideradas não-operáveis”, pontuou o especialista.
Atualmente, o Brasil tem cerca de 2.800 profissionais registrados pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia. São necessários 11 anos para formar um neurocirurgião (após o término regular do curso de Medicina de seis anos, é necessário fazer uma residência que compreende mais cinco anos de estudos com prática clínica e cirúrgica). O profissional precisa estar em constante atualização para lidar com a variedade de casos que chegam até ele.
“Ainda temos muito a construir, muito a organizar na neurocirurgia, principalmente no que diz respeito aos pacientes externos, usuários do sistema SUS. A Santa Casa de Maceió tem essa preocupação. Estamos sempre pensando e discutindo com as autoridades da gestão pública municipal e estadual, no sentido de termos todas as condições para prestar toda a assistência ao paciente SUS”, reforçou Calaça.