Vídeo feito por drone mostra Exército russo atirando em ciclista
Um vídeo de imagens feitas por meio de drones e divulgados pela imprensa internacional mostra supostamente o exército russo atirando em um ciclista na cidade ucraniana de Bucha, que fica próxima a Kiev. O local fica na mesma região onde vários cadáveres de cidadãos foram fotografados no meio da rua, em valas rasas.
Agências internacionais de notícias consideraram o vídeo um “desmentido” à versão russa, que negou ataques a civis em Bucha. O governo ucraniano diz que mais de 400 corpos de civis foram encontrados na cidade. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov , defendeu que a acusação ucraniana seria uma “provocação”.
Massacre
A situação foi tratada como massacre por órgãos de direitos humanos e como “genocídio” pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
A Rússia sofreu uma série de novas sanções após a divulgação das imagens, como expulsão de diplomatas, bloqueio de dólares e restrições no comercio internacional.
Outra imagem de ação atribuída ao Exército russo mostra militares recolhendo corpos na cidade de Mariupol, no sul ucraniano.
O registro teria sido feito após a repercussão mundial de uma gravação que mostra corpos jogados nas ruas de Bucha. O governo russo negou todos as acusações.
40 dias de guerra
A guerra na Ucrânia chega ao 40º dia nesta terça-feira. A invasão russa começou em 24 de fevereiro, e desde então os bombardeios não pararam.
Cidades inteiras, como Bucha e Mariupol, foram dizimadas pelos ataques. Mais de quatro milhões de pessoas fugiram da Ucrânia por causa do conflito.
Alerta da ONU
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, fez sérios alertas para o recrudescimento da guerra na Ucrânia e os impactos que o conflito causará. Países em desenvolvimento serão os mais afetados com os efeitos do conflito.
Nesta terça-feira (5/4), Guterres afirmou que 74 nações são atingidas pelo aumento dos preços de alimentos, energia, combustíveis e fertilizantes. Ao todo, 1,2 bilhão de pessoas vivem nesses locais.
“Isso representa um dos maiores desafios que já foram colocados à ordem e à paz mundiais”, frisou ao defender um acordo entre russos e ucranianos.