Só quatro ministros da equipe original permanecem no governo Bolsonaro
Com as trocas formalizadas na Esplanada de Jair Bolsonaro (PL) nesta quinta-feira (31/3), apenas quatro ministros da configuração original do governo se mantêm.
São eles: Paulo Guedes (Economia), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).
Nesta quinta, nove ministros foram exonerados para concorrer nas eleições de outubro. A saída deles será formalizada em uma cerimônia no Palácio do Planalto, prevista para as 10hs
Ao longo dos três anos e três meses de mandato, Bolsonaro fez trocas por razões diversas. O primeiro ministro a cair foi Gustavo Bebianno, em fevereiro de 2019. Ele morreu em março de 2020.
Em seguida, Bolsonaro fez rearranjos na Esplanada para abrigar mais militares, trazendo os generais Walter Braga Netto, em fevereiro de 2020, e Luiz Eduardo Ramos, em março de 2021.
Luiz Henrique Mandetta (Saúde) e Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) saíram em meio à pandemia, ao longo de 2020, após sucessivos desentendimentos e trocas de acusações com o presidente.
Já Marcelo Álvaro Antonio (Turismo) e Eduardo Pazuello (Saúde) deixaram os respectivos postos entre os anos de 2020 e 2021, após denúncias de corrupção respingarem sobre eles.
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A ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM), também sairá do Executivo para concorrer ao senado ou governo de Mato Grosso do Sul (MS) Divulgação/MAPA
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou que 31 de março será um “grande dia”, porque 11 ministros sairão e 11 entrarão. Apesar do número citado por Bolsonaro, ao menos 13 chefes de pastas devem deixar o governo para concorrer a algum cargo nas eleições deste ano Agência Brasil
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Mudanças ministeriais às vésperas das eleições costumam ocorrer em todos os governos. A lei determina que autoridades do Executivo deixem os respectivos cargos até seis meses antes do pleito, ou seja, até 31 de março de 2022Igo Estrela/Metrópoles
A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves (PP), vai disputar a posição de senadora, porém, ainda não definiu em qual estado brasileiro vai se candidatar Igo Estrela/Metrópoles
Flávia Arruda (PL), ministra da Secretaria de Governo, vai deixar o cargo para concorrer às eleições como senadora ou governadora do DF Divulgação
O ministro do Turismo, Gilson Machado (PSC), também vai disputar as eleições de 2022 para o cargo de senador em Pernambuco (PE) Gustavo Moreno/Metrópoles
Outro ministro a deixar o cargo é João Roma (Republicanos). Ele vai sair do Ministério da Cidadania para concorrer ao governo da Bahia (BA)Ministério da Cidadania/Divulgação
O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes (PSL), vai anunciar a saída do governo para se candidatar ao senado por São Paulo (SP)Igo Estrela/Metrópoles
Onyx Lorenzoni (DEM), ministro do Trabalho e Previdência também vai deixar o governo Bolsonaro para concorrer ao governo do Rio Grande do Sul (RS) Hugo Barreto/Metrópoles
De saída do Ministério do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (sem partido) vai se candidatar ao governo do RN Igo Estrela/Metrópoles
Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas (sem partido), disputará governo de SPColuna Guilherme Amado/Metrópoles
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM), também sairá do Executivo para concorrer ao senado ou governo de Mato Grosso do Sul (MS) Divulgação/MA
O presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou que 31 de março será um “grande dia”, porque 11 ministros sairão e 11 entrarão. Apesar do número citado por Bolsonaro, ao menos 13 chefes de pastas devem deixar o governo para concorrer a algum cargo nas eleições deste ano Agência Brasil.
Outros, como Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores), saíram do governo em 2021, após acumularem polêmicas e se indisporem com alas pragmáticas do governo.
Na Educação, houve quatro trocas, a última com a demissão do pastor Milton Ribeiro, na última semana, que não resistiu a pressões após denúncias de influência de pastores evangélicos na destinação de verbas da pasta.
Eleições 2022
Com a saída de nove ministros para concorrer ao pleito de 2022, as pastas serão assumidas por secretários-executivos ou outros servidores internos. O presidente Jair Bolsonaro (PL) havia adiantado a estratégia de indicar como substitutos nomes técnicos, em uma chamada “solução caseira” para o resto do ano.
Veja abaixo quem são os substitutos:
- Agricultura — Tereza Cristina será substituída por Marcos Montes, atual secretário-executivo da pasta;
- Desenvolvimento Regional — Rogério Marinho será substituído por Daniel Ferreira, atual secretário-executivo da pasta;
- Cidadania — João Roma será substituído por Ronaldo Bento, atual chefe de Assuntos Estratégicos da pasta;
- Ciência e Tecnologia — Marcos Pontes será substituído por Paulo Alvim, atual secretário de Empreendedorismo e Inovação;
- Mulher, Família e Direitos Humanos — Damares Alves será substituída por Cristiane Britto, atual secretária nacional de Políticas para Mulheres;
- Infraestrutura — Tarcísio Gomes de Freitas será substituído por Marcelo Sampaio Cunha Filho, atual secretário-executivo da pasta;
- Secretaria de Governo — Flávia Arruda será substituída por Célio Faria Júnior, atual chefe de gabinete do presidente Jair Bolsonaro;
- Trabalho e Previdência — Onyx Lorenzoni será substituído por José Carlos Oliveira, atual presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS); e
- Turismo — Gilson Machado será substituído por Carlos Brito, atual presidente da Embratur.