Morador da Asa SuL, estudante preso planejava em grupo massacre no DF
Preso pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o estudante de 20 anos acusado de planejar massacres em escolas e eventos da capital não agia sozinho. As diligências apontaram que havia intensa troca de informações por meio da internet entre vários jovens de outras unidades da Federação sobre a melhor forma de executar o ataque.
O jovem foi preso nessa terça-feira (29/3), na Asa Sul, durante investida que faz parte da segunda fase da Operação Shield, com o objetivo de reprimir ações graves de violência. A operação contou com apoio do Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Civil do DF (PCDF). O rapaz, que estudava em uma escola particular do DF, contou que tinha ódio dos colegas por sofrer bullying.
Segundo o estudante, ele era chamado de “idiota” e “burro” por ter repetido o terceiro ano do ensino médio três vezes e ainda não ter conseguido concluir os estudos. Até a tarde dessa terça, o jovem seguia preso mesmo com a fiança arbitrada em R$ 5 mil. Caso o valor não seja pago, ele passará por audiência de custódia nesta quarta (30/3).
A operação
Na casa do suspeito, a equipe policial encontrou materiais relacionados à pornografia infantil – fotografias e vídeos com cenas de sexo explícito envolvendo criança e adolescente – armazenados no celular do estudante. Também apreendeu taco de beisebol, arma de fogo, faca, quatro telefones e uma máscara do personagem Jason, da série Sexta-Feira 13.
O jovem morava com a avó de 79 anos. Quando as equipes cumpriram buscas no endereço, a idosa chegou a alertar os policiais afirmando que eles não iam apreender nada pois o rapaz “passava o dia no computador”.
A Adidância da Polícia de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos da América (U.S. Immigration and Customs Enforcement) e a Agência de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations ou HSI), em Brasília, levantaram informações sobre suspeitos com a possível intenção de cometer atos graves de violência, incluindo massacres escolares.
A Coordenação do Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça e Segurança Pública fez levantamento preliminar e repassou as informações à PCDF. Dessa forma, a corporação, por intermédio da DRCC, passou a dar prioridade ao caso.
*Metrópoles