Chris brincou sobre a cabeça rapada de Jade, que sofre de alopecia, uma doença caracterizada pela queda capilar. Ele a comparou com Demi Moore em Até o Limite da Honra, filme de 1997 em que a atriz precisou rapar os fios para viver a tenente Jordan O’Neil. Ao ouvir o comentário, Will não conteve a emoção. O ator subiu no palco e deferiu um tapa no comediante, impressionando a plateia e os telespectadores da premiação.
“É necessário compreender o contexto no qual aconteceu o episódio. A família de Jada certamente conhece de perto o sofrimento dela com a queda de cabelo. Por isso, a reação de Will Smith é, digamos, compreensível, ainda que a agressão física não seja a melhor resposta para nenhuma situação”, analisa a especialista.
Ela ainda explica como a doença pode afetar não apenas o psicológico de Jada, mas de todos da família. “Mulheres portadoras de quaisquer doenças que causem calvície, como algumas doenças autoimunes ou alopecia androgenética, têm pavor de se tornarem calvas. Isto afeta seu psicológico de forma intensa. A vergonha de se apresentar publicamente com falhas no couro cabeludo também é muito comum. As pessoas da família são impactadas por esse sofrimento, que muitas vezes leva à depressão”, complementa.
A doença de Jada não era segredo em Hollywood. A artista fala abertamente do assunto nas redes sociais e na televisão há cinco anos.
Além de protagonizar uma das cenas mais emblemáticas da premiação, Smith levou para a casa o prêmio de Melhor Ator nesse domingo (27/3). A estatueta, conquistada pela atuação em King Richard: Criando Campeãs, foi a primeira do ator. O Oscar, como sempre, aconteceu em Los Angeles, nos Estados Unidos.