JHC eleva o tom contra Governo de Alagoas: ‘irresponsável fiscalmente, esbanjador e imediatista’

A cinco dias do prazo dado pela Justiça Eleitoral para que gestores do Poder Executivo se descompatibilizem dos cargos, se tiverem interesse em disputar o pleito deste ano, o prefeito de Maceió elevou o tom das críticas ao Governo do Estado. Na manhã desta segunda-feira (28), JHC (PSB) publicou nas redes sociais a capa da Gazeta do fim de semana e repercutiu a manchete, classificando a gestão estadual como “irresponsável fiscalmente, esbanjadora e imediatista”.

A publicação é direcionada à política econômica do governo Renan Filho (MDB), que sempre esteve no comando do secretário de Estado da Fazenda, George Santoro. Esta não é a primeira vez que JHC critica Santoro – e vice-versa. Quem acompanha as redes sociais dos dois sabe que as discordâncias entre ambos são frequentes.

“Retrato de um governo irresponsável fiscalmente, esbanjador e imediatista, que não tem um plano claro de desenvolvimento econômico, que não pensa nas futuras gerações, uma hora o passado tocará as nossas costas e esses irresponsáveis provavelmente estarão bem longe”, escreveu JHC.

Em pouco tempo, os seguidores do prefeito começaram a repercutir o assunto, inclusive citando o processo eleitoral. “Muito triste saber que no futuro iremos pagar essa conta”, escreveu uma internauta. “Pensando em se eleger pro senado, Foi tanto dinheiro que ele gastou mandando para os municípios etc, e quem vai pagar a conta somos nós e o próximo governo”, pontuou outro.

Na matéria, a Gazeta revela que o próximo governo vai herdar uma dívida pública que passa dos R$ 10,67 bilhões e é considerada pelos economistas como “impagável”. Os números são do Boletim de Finanças dos Entes Subnacionais, divulgados no ano passado pelo Tesouro Nacional, e do Núcleo Alagoano pela Auditoria Cidadã da Dívida Pública. O débito corrigido já passaria de R$ 11 bilhões. Do montante, mais de 70% correspondem a débito com a União.

Além disso, ficarão como herança para os futuros gestores as obras milionárias inacabadas, duplicação de rodovias em construção há mais de seis anos sem previsão de conclusão, pavimentação e de infraestrutura, que precisam ser concluídas na maioria dos municípios. Também herdará mais de 70 mil servidores estaduais insatisfeitos com arrocho salarial dos últimos sete anos e a cobrança de mais 20% de perdas salariais, falta de servidores concursados na saúde, na segurança pública, educação e na maioria das outras secretarias de Estados.

*Gazeta web

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