Chacina de Guaxuma: Tribunal do Júri absolve acusado de matar casal e dois filhos
Após pouco mais de 15 horas de júri popular, o Conselho de Sentença negou a autoria do crime a Daniel Galdino Dias e ele ganhou liberdade. Ele era é o acusado do crime que vitimou duas crianças e dois adultos, pais dos meninos, no que ficou conhecido como a Chacina de Guaxuma.
O crime só foi desvendado porque uma criança, filho e irmão das vítimas, sobreviveu, conseguiu relatar todo o ocorrido e ainda reconheceu Daniel. O júri popular ocorreu nessa quinta-feira (24), no bairro do Barro Duro, parte alta de Maceió. O Ministério Público de Alagoas (MP/AL) recorrerá da decisão, em razão de a prova ser manifestamente contrária aos autos
O júri ocorreu durante todo o dia e foram ouvidos a psicóloga que atendeu a criança, à época com seis anos de idade, e auxiliou na captura do depoimento do menino; a própria criança – cujo depoimento foi feito por videoconferência e o público não pôde assistir; uma testemunha que teria recebido um telefonema do acusado, afirmando ter encontrado os corpos em uma vala; outra testemunha e o réu, que negou a participação nos assassinatos, atribuindo o crime a outra pessoa. A defesa também arrolou três testemunhas.
A primeira depoente no júri popular, a psicóloga que acompanhou o único sobrevivente da tragédia, Aline Dammasceno Rego, disse não ter dúvidas de que o menino narrou o que presenciou e não inventou a história.
A criança, à época, repetiu a mesma história mais de seis vezes, sem entrar em contradição, reforçando, para a profissional, que ele falou a verdade. Segundo a psicóloga, o menor disse ‘matou Maria, matou o Gui e me matou’.
Durante o interrogatório, o réu negou participação no crime e atribuiu as mortes a uma pessoa chamada Charles.