As vítimas da chacina foram Evaldo da Silva Santos e Jenilza de Oliveira, que eram casados, e os seus filhos Estérfany Eduarda de Oliveira Santos, de 9 anos, e Adrian Guilherme de Oliveira Santos, de 2 anos. Um outro filho, de cinco anos, sobreviveu e reconheceu Daniel como assassino.
O réu alega inocência. No depoimento ao júri, Erijackson Miranda disse que Daniel afirmou apenas ter encontrado os corpos, mas que não chegou a dizer que tinha cometido o crime.
Primeira a depor no júri, que começou na manhã desta quinta-feira (24), a psicóloga que atendeu o menino sobrevivente disse que ela deu detalhes do crime. “A criança falou mais de seis vezes, sem entrar em contradição, a mesma história”, afirmou Aline Damasceno.
Em seguida, o juiz pediu que todos saíssem da sala e ouviu a declaração do único sobrevivente da chacina.
Promotoria x Defesa
Época do início das investigações, a polícia disse que Galdino havia sido demitido por trabalhar embriagado e que Evaldo assumiu o seu lugar. Entretanto, a promotoria alega que o réu queria furtar o dinheiro que a vítima tinha guardado em casa para comprar um barco.
“É possível entender nos altos que se tratava de um ladrão [Galdino] e que ele queria furtar o dinheiro que Evaldo tinha guardado para comprar um barco. Mas tudo indica que após matar Evaldo, com medo que os filhos viram o crime, ele comete essa carnificina. A mãe desesperada pede que as crianças se escondam”, disse o promotor Frederico Alves.
Quatro pessoas chegaram a ser presas pelo crime durante a fase do inquérito policial, mas apenas Daniel foi indiciado e a participação dos outros três suspeitos foi descartada.
Para o advogado Israel Lucas Guerreiro de Jesus, que atua na defesa do réu, Daniel é inocente e há provas disso nos autos.
“Nós esperamos o reestabelecimento da Justiça. Entendemos que o caso caminhou considerando o caminho mais fácil para a Polícia, que buscou dar uma resposta mais célere a sociedade. Há diversas provas nos autos, como o depoimento de uma testemunha que viu o verdadeiro assassino, outro depoimento que aponta onde Daniel estaria no momento do crime, um local diferente de onde o Ministério Público alega que ele estaria”, destaca o advogado.