Servidora de UBS leva tapa por negar receita de tarja preta a paciente

Após ter negado uma receita para a compra de remédio de controle especial, uma servidora da Secretaria de Saúde foi agredida, nesta segunda-feira (21/3), pela mulher de um paciente da Unidade Básica de Saúde (UBS 5) de Taguatinga, uma das maiores cidades do Distrito Federal.

A agressão ocorreu após a técnica em enfermagem Maria do Livramento ter informado que o pedido só poderia ser emitido após uma consulta com o plantonista da unidade, já que apenas médicos podem assinar o receituário especial.

Uma ocorrência foi registrada na 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga) como “vias de fato e lesão corporal leve”. O crime pode resultar em detenção de 3 meses a 1 ano.

O caso pode ser agravado, uma vez que desacato a funcionário público no exercício da função ou em razão dela, é crime previsto no artigo 331 do Código Penal, com detenção de mais 6 meses a 2 anos, ou multa.

Metrópoles tenta contato com a Secretaria de Saúde. O espaço será atualizado se houver manifestação oficial do órgão.

Batalhão hospitalar

Pelos crescentes casos de violência contra servidores, o Governo do Distrito Federal (GDF) foi oficiado, no fim do ano passado, pelo Sindicato dos Funcionários em Estabelecimento de Saúde (SindSaúde). A entidade defende a criação do batalhão hospitalar nas unidades públicas da Secretaria de Saúde.

O sindicato solicita medidas enérgicas a curto e médio prazos para findar a onda de violência vivida por profissionais da saúde dentro das estruturas públicas locais.

A ideia é disponibilizar policiais militares treinados para assegurar a proteção não apenas dos servidores públicos, mas dos próprios pacientes e frequentadores das unidades de saúde. A proposta se assemelha ao Batalhão Escolar, criado em 1989 pela Polícia Militar (PMDF).

 

*Metrópoles

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