Familiares de jovem que desapareceu no Gunga cobram maior empenho do Corpo de Bombeiros
Familiares do jovem Tiago Siqueira, de 22 anos, que se afogou enquanto tomava banho na Praia do Gunga, no último domingo (20), continuam desesperados em busca de notícias. As buscas foram suspensas ontem, pelo Corpo de Bombeiros, em razão do mau tempo, e os familiares cobram das autoridades maior empenho para localizar o corpo do jovem, que residia no município de Custódia, em Pernambuco, e foi à Praia do Gunga em uma excursão.
Os parentes que estiveram no Gunga para acompanhar os trabalhos precisaram voltar ao estado vizinho e, agora, dependem de informações repassadas por telefone, o que também não estaria acontecendo. Por meio da assessoria de comunicação, o CBM confirmou que as buscas ficaram paradas ontem, mas destacaram que os trabalhos foram retomados nesta terça, no início da manhã. Até o momento, não há notícias do desaparecido.
Nas redes sociais, a irmã e a mãe do jovem fizeram um apelo às autoridades de Alagoas para que procurem o corpo do jovem. Tainá, irmã da vítima, falou que os bombeiros demoraram muito a chegar ao local no dia da ocorrência e a entrar na água para tentar localizar Tiago.
“Não tinha salva-vidas em um local perigoso, um local que não tinha uma placa de sinalização. Pessoas da minha família estiveram lá e viram que houve negligência. Eu estou com a minha mãe desesperada, ela só quer se despedir do filho dela e eu do meu irmão. A gente só quer o corpo”, conta a jovem.
Um dos amigos de Tiago, que estava com ele no momento do afogamento, também postou um vídeo nas redes sociais. Ele contou que não havia placa de sinalização no local e que foram até lá porque era mais bonito para tirar fotos.
“Estão falando um monte de coisas a respeito do caso, falando que foi negligência nossa, que foi desatenção. Só queria explicar para essas pessoas que nós não iríamos para um local se soubéssemos que era perigoso. Nós só queríamos nos divertir. Fomos de Custódia para Maceió porque queríamos fazer uma coisa diferente. Quando chegamos na praia, ficamos perto das barracas e depois vimos que tinha um local que era melhor para tirar foto e fomos para lá. Não vimos sinalização nenhuma dizendo que era proibido tomar banho no local. Não tinha ninguém dizendo que não podia ir. Chegamos lá, começamos a tomar banho e aconteceu a fatalidade. Depois do afogamento, esperamos cerca de quarenta minutos para os bombeiros chegarem. Negligência nossa não foi. Talvez tenha sido ingenuidade. Se tivesse placa de sinalização, não teríamos entrado na água, até porque não sabemos nadar”, afirmou o amigo de Tiago.
De acordo com Maria do Carmo da Silva, tia de Tiago que esteve no Gunga, nessa segunda-feira, o jovem saiu do interior de Pernambuco em uma excursão, junto com outras 47 pessoas.
Ela conta que a informação obtida pela família é a de que Tiago e outro colega foram puxados pelas ondas para uma saída de canais. Outro amigo entrou na água para tentar resgatá-los, mas conseguiu puxar apenas um deles. Tiago desapareceu.
“Após o afogamento, os amigos que estavam com ele e um pescador tentaram retirá-lo da água, mas sem êxito. A família clama por justiça, já que as autoridades pararam as buscas poucas horas após o ocorrido. A família faz um apelo para todas as pessoas compartilharem o vídeo para que possa chegar às autoridades competentes e achar o corpo de Tiago, de forma que sua família possa enterrá-lo e despedir-se de forma digna”, afirma.
*Com Gazeta Web