Rússia e Ucrânia falam em reunião entre Putin e Zelensky
Enquanto, no campo de batalha, ataques e mortes continuam, na parte diplomática, Rússia e Ucrânia falam em um encontro entre os presidentes Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky. Os russos acredita em “progressos significativos” e os ucranianos dizem fazer o possível para que a reunião aconteça.
“Acho que não vai demorar muito para a gente fazer acontecer. Não estou pronto para dizer que esse encontro pode acontecer em um futuro próximo. Um dia, dois, três, não. Ainda vai demorar um pouco, mas vamos tentar fazer isso acontecer o mais rápido possível”, disse Mykhailo Podolyak, assessor do chefe do Gabinete do presidente ucraniano, segundo a agência russa Interfax.
Do mesmo modo, a agência de notícias russa RIA adianta que um negociador do país afirmou que “progressos significativos” têm acontecido durante os encontros entre as autoridades para que uma solução seja encontrada. O mesmo representante russo disse ter certeza de que as duas nações podem chegar, em breve, a uma “posição conjunta”.
A verdade é que a situação frágil para a Ucrânia faz com que o país procure um local “neutro” para a continuação das conversas, em termos de garantias de segurança e também a fim de que o país não perca posições importantes. “Quando eles (os acordos) forem elaborados, acordados provisoriamente, os presidentes poderão se reunir e já elaborar as disposições finais do tratado de paz”, apontou Podolyak.
Ele garantiu que Zelensky só vai assinar um acordo de paz que seja eficaz e lucrativo para a Ucrânia. O próprio presidente ucraniano mostrou que tem vontade de se encontrar com Putin e, para isso, citou Israel como local da reunião. Zelensky considerava positivo o papel mediador do primeiro-ministro israelense Naftali Bennett.
Infelizmente, o domingo (13/3) não foi de paz em território ucraniano. No 18º dia de guerra, os russos fizeram ataques aéreos ao Centro Internacional de Manutenção da Paz e Segurança (IPSC). A base militar fica no distrito de Yavoriv, a cerca de 50 km a sudoeste de Lviv e cerca de 25 km da fronteira com a Polônia. As autoridades ucranianas falam em 35 mortes, enquanto os russos argumentam que 180 “mercenários estrangeiros” foram mortos.
No mesmo dia, o jornalista americano Brent Renaud, de 51 anos, foi morto por tropas russas na cidade de Irpin, região de Kiev, na Ucrânia, segundo informações da polícia local. A notícia foi divulgada pelas autoridades ucranianas no Facebook. O tiroteio que vitimou o jornalista também feriu outros dois correspondentes internacionais. Policiais disseram que os repórteres foram resgatados e levados para o hospital da capital, Kiev.
