Cansados de aguardar ação do Governo de AL, policiais civis podem entrar em greve nesta segunda-feira (07)
Os policiais civis marcaram uma nova assembleia, para esta segunda-feira (7), a partir das 13h, para avaliar a possibilidade de paralisação por tempo indeterminado. A reunião vai acontecer no Clube dos Engenheiros, em Maceió.
A categoria está na bronca com o governo pela promessa não cumprida de envio de dois projetos de lei, à Assembleia Legislativa (ALE), de interesse direto dos agentes e escrivães da Polícia Civil. Um deles se refere ao reajuste de 15% nos salários e o outro trataria da garantia da verba para a vestimenta dos servidores.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol/AL), Ricardo Nazário, a convocação da assembleia foi feita para definição dos rumos do movimento. Ele diz que a classe perdeu a paciência diante da inércia e falta de interesse do governador em atender à pauta de reivindicação, prometida ainda no ano passado.
Segundo Nazário, o governador Renan Filho cumpriu um primeiro acordo sobre o pagamento das progressões atrasadas, mas os projetos para as outras duas propostas acordadas, não se tem qualquer notícia de envio ao Poder Legislativo.
Ele esclarece que o chefe do Executivo havia prometido enviar os dois projetos ainda em dezembro para a ALE. No entanto, isso não foi cumprido e os deputados entraram em recesso. A categoria teria feito, então, contato com a Secretaria de Planejamento do Estado (Seplag), que teria se comprometido, em janeiro de 2022, a apresentar as propostas. “Passou janeiro, vem fevereiro, a ALE volta a funcionar e o governador não mandou”, conta o presidente do Sindpol.
Ele acrescenta que, após ocupar a Seplag, ficou prometido que o órgão iria enviar as matérias, o que novamente não teria ocorrido. “O último momento foi agora, na abertura da ALE, que a gente conseguiu falar com ele [Renan Filho] e ele prometeu, dizendo que enviaria o projeto de lei e cumprir o acordo. Também nos foi prometido que iriam enviar antes do carnaval ou logo após. Voltou do carnaval e, também, não mandou”, expõe.
“Acabou a paciência e todos os prazos possíveis de negociação”, diz Nazário, acrescentando: “Agora a gente vai para o enfrentamento”, lembrando que o mês de abril se aproxima, momento em que o Governador Renan Filho não poderá mais enviar projetos para a Casa de Tavares Bastos.
*Gazeta web