Pedidos de seguro-desemprego aumentam 20% no mês de janeiro em Alagoas

A quantidade de pedidos de seguro-desemprego aumentou 20% em Alagoas no mês de janeiro deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados do Ministério do Trabalho e Previdência. Ao todo, 4.183 trabalhadores alagoanos deram entrada no benefício, ante 3.492 em janeiro de 2021. Os dados apontam que a maioria dos pedidos foi feita por homens (65%).

Já a faixa etária com o maior número de solicitações foi a dos trabalhadores com idade entre 30 e 39 anos, foram 1.505 pedidos. Do total de pedidos, 68,3% foram feitos por meio da internet. O painel do Ministério do Trabalho aponta ainda que o setor que mais registrou pedidos de seguro-desemprego foi o de Serviços, com 36% dos pedidos. Já a Agropecuária foi a que teve menos pedidos, com 4,95% do total. Outro dado apontado pelo painel é que, em Alagoas, a maioria dos pedidos de seguro-desemprego feitos em janeiro deste ano foi por parte dos trabalhadores que ganhavam até um salário mínimo.

À medida que o salário aumenta, o número de pedidos reduz. Apenas três pessoas que ganhavam mais de 10 salários mínimos deram entrada no benefício. Em todo o Brasil, o número de pedidos de seguro-desemprego subiu 10% em janeiro deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram registrados 529.826 requerimentos em janeiro. De janeiro a dezembro de 2021 foram registrados 6,08 milhões de pedidos ante 6,78 milhões em 2020. Mas o recorde de requerimentos foi registrado em maio de 2020, com 960.308, a maior marca da série histórica, no começo da pandemia de coronavírus.

Conforme a Gazeta noticiou no mês passado, o pagamento de seguro-desemprego aos trabalhadores alagoanos injetou R$ 352,4 milhões na economia de Alagoas no ano passado, de acordo com dados do Ministério do Trabalho. Ao todo, foram pagas 269.243 parcelas no estado em 2021. O valor médio de cada parcela foi de R$ 1.308. Na comparação com 2020 houve um recuo de 3,5%, tendo em vista que em 2020 foram injetados R$ 340 milhões na economia do estado, com parcela média de R$ 1.225. Contudo, em 2021 houve recuo no número de requerentes de seguro-desemprego em Alagoas. Foram 50.308 no ano passado, ante 52.162 em 2020, também um recuo de 3,5%.

Os números apontam que a maioria dos requerentes em Alagoas no ano passado possui ensino médio completo, eram do setor de serviços e ganhavam entre um salário mínimo e um salário mínimo e meio. A faixa salarial com menos requerentes é a de pessoas com renda acima de dez salários mínimos. A maioria dos requerentes em Alagoas (70%) são homens. Já a faixa etária com maior número de requerentes é a de pessoas com idade entre 30 e 39 anos.

Em todo o Brasil, o número de pedidos de seguro-desemprego em 2021 foi o menor registrado desde 2006, segundo levantamento do portal de notícias g1, após análise dos números do Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência. A queda pode ser creditada, em grande parte, ao Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm), segundo o ministério. Os dados também sofrem influência da alta taxa de informalidade no mercado de trabalho brasileiro – de 40,6% segundo os últimos dados disponíveis. Ao todo, foram feitos 6.087.576 requerimentos no ano passado – 10,3% menos que em 2020 (6.784.120) e o menor número registrado desde 2006 (5.857.986).

De acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência, os pedidos de seguro-desemprego resultam do total de demissões sem justa causa, e boa parte desses desligamentos foi freada pela vigência do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm), que permitiu a preservação de 11,1 milhões de vínculos de trabalho, com a garantia provisória de emprego para 10,5 milhões de trabalhadores.

O número de pedidos de seguro-desemprego mês a mês variou em 2021 no patamar de 30% a 40% do total de demissões, com exceção de dezembro, que ficou em 28%. O período de março a junho, que coincidiu com o agravamento da pandemia e a consequente piora do mercado de trabalho, teve a maior quantidade de requerimentos do benefício em relação ao total de demissões. Os meses de abril e maio tiveram a maior quantidade de pedidos de seguro-desemprego do total de demissões.

Já em 2020, o número de demissões foi de quase 16 milhões, e o número de pedidos de seguro-desemprego se aproximou de 6,8 milhões, ou 43% do total de desligamentos, proporção maior que a do ano passado. O pico de requerimentos do benefício se deu em abril e maio, com o recrudescimento da pandemia e quando o Benefício Emergencial ainda começava a ser implantado pelas empresas.

*Gazeta web

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