É doença? Psicólogo explica agressividade de Maria, expulsa do BBB22
A expulsão da cantora Maria da casa do BBB22 movimentou a internet nessa terça-feira (15/02). Após bater com um balde na cabeça de Natália durante o Jogo da Discórdia da última segunda (14/2), as atitudes impulsivas da sister chamaram atenção dos espectadores do programa, que pediram pela retirada dela da casa mais vigiada do Brasil. Na análise do psicólogo Alexander Bez, a cantora e atriz pode sofrer da Síndrome de Hulk e, por isso, ter “atitudes agressivas”.
De acordo com a própria Maria, sua agressividade já era uma preocupação antes mesmo da entrada na casa. Ela sabia que o confinamento poderia ter influência sobre seu temperamento.
“Quando eu vim para cá, vim muito disposta a ser eu mesma e tranquila quanto a isso, mas eu sabia que tinha uma preocupação, que era a minha tendência a ser agressiva. Só que a tendência a ser agressiva são nas minhas palavras, no meu tom de voz… Nunca foi em um lugar de agressão. E isso é uma atitude que me preocupou”, afirmou.
O que é a Síndrome de Hulk?
Apelido popular para o Transtorno Explosivo Intermitente (TEI), a Síndrome de Hulk é perda do controle do impulso agressivo. “Esses impulsos se manifestam através de agressões verbais, falas, discussões ou agressões físicas contra pessoas, animais ou objetos”, explica Bez, especialista em relacionamentos pela Universidade de Miami (UM).
Ainda de acordo com o psicólogo, o transtorno não pode ser diagnosticado com atitudes pensadas ou premeditadas, mas de forma impulsiva e sem um objetivo claro. Sinais esses que, de acordo com sua análise, cabem em características que Maria demonstrou na casa. Ainda que seja necessário uma análise mais aprofundada da frequência com que ela demonstra esse comportamento agressivo, Bez explica que “as imagens mostram que ela tem indícios.”
“Suas atitudes no BBB podem, sim, ser de uma pessoa com TEI. Mas é necessário que essas ações aconteçam com uma frequência grande, há pelo menos 6 meses, entre duas ou três vezes por semana. Portanto, precisaríamos avaliar os comportamentos da mesma antes de entrar no reality”.
Tem tratamento?
Além da expulsão do programa, o psicólogo explica que essa síndrome pode culminar em outros prejuízos quando não tratada corretamente. “Ela pode desencadear prejuízo social, pessoal, conjugal e profissional, pois não são ações calculadas, nem previamente planejadas”, ressalta.
“A longo prazo, pode-se fazer psicoterapias direcionadas no sentido de a pessoa aprender a detectar aquelas situações que desencadeiam as crises e evitá-las, ou aprender a enfrentá-las de modo menos agressivo”, explicou.
Em alguns casos, no entanto, também é indicado o uso de medicamentos, como estabilizadores de humor, antidepressivos ou ansiolíticos.