Aprovados no concurso da PC de Alagoas fazem protesto e pedem retomada do certame

Os aprovados no concurso da Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) protestam, nesta terça-feira (15), contra o cancelamento do certame, em frente ao prédio da Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), no centro de Maceió.

Um dos aprovados no concurso, Eduardo Cavalcante, de 31 anos, espera que o Estado volte atrás e que o concurso tenha a sua retomada.

“Estamos aqui, em um ato pacífico, para que a justiça seja feita. Dia 28 de outubro, os concursos foram cancelados pela Seplag, e Fabrício Marques disse que a fraude era imensurável, que era impossível calcular o tamanho dela”, disse.

Os manifestantes usaram sons e imagens, com mensagens de apoio de diversos professores renomados, que são contrários ao cancelamento do certame.

Ainda segundo Eduardo, “nada impede que o Estado volte o certame de forma administrativa. Quando foi cancelado [concurso], buscamos pela Justiça. Nos reunimos na ALE e Fabrício, na ocasião, disse que a situação do certame da PC era igual ao do CB. E o que aconteceu teceu? O concurso dos bombeiros voltou. Fabrício também disse que a situação da PM era impossível. E o que aconteceu? Também voltou. E por qual motivo o da PC não voltou?”.

Eduardo comentou que o defensor público Ricardo Mero comprou a briga. “Foi ele quem entrou com a ação na Defensoria Pública, para que o certame voltasse. Com base no inquérito, ele disse que a quantidade de fraude é ínfima, mínima. Não é nada impossível, não é uma fraude imensurável. Ou seja, é o contrário do que o Fabrício Marques afirmou”.

O aprovado chamou a atenção para a questão financeira, porque, além dos gastos para o estudo, deixaram os empregos. “Agora, muitos estão tendo que lidar com problemas psicológicos. Ou seja, tão custeando tratamentos”, e acrescentou dizendo que “a polícia está um caos. Sem profissionais – um deficit de 45%, com muitos profissionais para se aposentar. Essa é a hora da gente entrar. De ajudar em muitas investigações que estão paradas”.

Os concursados afirmam que é possível separar quem fraudou o certame e quem passou de forma correta. Eles também divulgaram dados técnicos e concretos, com base nas decisões judiciais que já determinaram a retomada dos concursos da PM e do CBM, bem como com partes do Inquérito Policial que demonstram claramente a possibilidade de delimitação dos reais suspeitos da fraude, o que torna o ato administrativo de cancelamento nulo, já restando comprovado que não condiz com a verdade.

Protesto dos aprovados no concurso da PC – Foto: Greyce Bernardino

gazeta web

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