Harry, do BBB3, é tatuador e explica ausência das redes sociais: ‘Fui radical’
Harry Grossman, ex-participante do BBB3, chamou atenção nesta semana ao ser fotografado curtindo um dia de praia no Rio de Janeiro. Com o corpo cheio de tatuagens, o ex-BBB, de 54 anos de idade, se afastou dos holofotes e é responsável por um estúdio de tattoos no bairro da Tijuca, ele conta que a pandemia afetou o cotidiano, mas não se deixou abater.
“A loja ficou fechada vários meses. O proprietário fez um acordo conosco, permitindo que a gente sobrevivesse. Se eu pudesse ter escolhido um outro caminho, hoje em dia, certamente trabalharia com animais ou plantas. Me amarro em natureza e botânica”, afirmou Harry, que na época que participou do BBB3 era guia turístico.
Com pouco contato com os participantes de sua edição, vencida por Dhomini e com Sabrina Sato e Juliana Alves no elenco, Harry guarda boas recordações. “Tenho uma imagem boa de todas as pessoas que estiveram na casa comigo. A única pessoa que eu tenho contato é o Emílio Zagaia, que virou um irmão. Fora ele, contato nenhum. Mas tenho respeito e carinho por cada um, individualmente.”
Harry, que chegou a ser dignosticado com Covid em 2020, afirma seguir as restrições. “Tive Covid no Natal de 2020 e não foi legal. Fiquei muito preocupado com meus pais, com os pais dos meus amigos, com os meus amigos… Você não quer ver ninguém mal ou morrer dessa forma.”
Antes do BBB, você trabalhava como guia turístico. Depois, chegou a abrir um estúdio de tatuagem. Com o que trabalha atualmente?
Estou com o Supernova Tattoo, na Tijuca. A situação está complicada para todos, mas o proprietário [do espaço] foi legal e a gente está tentando sobreviver, assim como todo o planeta. A loja ficou fechada vários meses. O proprietário fez um acordo conosco, permitindo que a gente sobrevivesse. Se eu pudesse ter escolhido um outro caminho, hoje em dia, certamente trabalharia com animais ou plantas. Me amarro em natureza e botânica.
Quais seus hábitos no dia a dia?
Todos os dias, acordo cedo e vou dar um mergulho na praia, independentemente do tempo. Só não vou se tiver um temporal. Estar na água me faz muito bem e me reenergiza. Eu mesmo cozinho meu rango, almoço e vou uma loja, onde fico até o fim do dia. Tenho a música como hobby. Toco bateria em uma banda de rock nacional autoral, chamada Patrão Brusque. Não tenho grandes pretensões, mas a música me diverte.
Ficar longe dos holofotes foi uma opção sua?
Não foi uma escolha só minha. O meio artístico é complexo. Você também tem que oferecer situações e momentos que interessem aos outros. Há uma briga complicada de egos e interesses. Eu fui compreendendo a situação [de como funciona o meio artístico] durante o caminho. Depois de um tempo, você passa a entender como funciona esse universo e, aí, você pensa — assim como em outras situações da vida — se poderia ter agido de maneira diferente, de uma forma que te desse mais visibilidade porque poderia ser útil na sua vida profissional. Durante o meu tempo, tive uma época boa. Aproveitei bem durante uns dois anos [depois de sair do BBB]. Tive momentos bem legais, conheci pessoas interessantes, lugares diferentes… Foi uma época bacana. Eu fui feliz.
Não se rendeu às redes sociais por algum motivo específico?
Não tenho nenhum motivo específico para não ter me rendido às redes sociais. Acho que, simplesmente, não entendia direito o que estava acontecendo. Não sou uma pessoa que gosta muito de se expor, o que talvez não seja a decisão mais esperta. Acredito que tenha que saber dosar. Mais jovem, fui radical e não soube aproveitar as coisas boas que as redes sociais têm a oferecer. Não tenho Facebook e o pessoal está me convencendo a ter Instagram. Deveria ter feito alguma coisa para me manter no mercado e também porque é bacana reencontrar pessoas, conversar. É uma falha minha, mas enquanto a gente é vivo ainda há tempo.
Quais as principais recordações que tem do BBB? Mantém contato com alguém?
Só boas. O BBB é um indexador na minha vida. Vivi experiências muito interessantes lá, momentos incríveis depois que saí, estive em diferentes lugares graças à oportunidade de ter passado por lá. Tenho uma imagem boa de todas as pessoas que estiveram na casa comigo. A única pessoa que eu tenho contato é o Emílio Zagaia, que virou um irmão. Fora ele, contato nenhum. Mas tenho respeito e carinho por cada um, individualmente. Além, claro, de admiração por terem passado pela experiência do BBB que, definitivamente, não é fácil.
Toparia participar de outro reality?
Acho que só saberia responder se rolasse um convite. Inicialmente, sim. Não é tipo de experiência que eu negaria. Penso assim: se parasse uma Ferrari na minha frente, com uma gata e chamasse para dar uma volta, como você preferiria se lembrar? Que você entrou no carro ou que você deixou o carro passar? Sou da primeira opção. Por isso, acredito que aceitaria, sim.
Estamos há dois anos em um cenário de pandemia. De que forma ela te afetou?
A pandemia é complexa e nem todos pensam do mesmo jeito. Já estou vacinado com as três doses. Tive Covid no Natal de 2020 e não foi legal. Fiquei muito preocupado com meus pais, com os pais dos meus amigos, com os meus amigos… Você não quer ver ninguém mal ou morrer dessa forma. A vida já apresenta tantos problemas e dificuldades. De qualquer forma, o respeito às medidas é muito importante e que as pessoas tenham regras em um convívio social.
Tem cuidados com a saúde mental?
É importante também cuidar da cabeça. A cabeça foi muito afetada com o confinamento e restrições. Antigamente, não se dava tanta atenção a essas questões de saúde mental, mas hoje a galera presta mais atenção. Estou seguindo em frente.
*com Gazeta web