Quarta dose: até quando os reforços contra Covid serão necessários?
Com a disseminação da variante Ômicron, que tem um potencial de transmissão e reinfecção maior, o reforço da vacina contra Covid-19 tornou-se ainda mais importantes. Especialistas indicam o fim da pandemia passa pela adesão da população às novas doses do imunizante.
Epidemiologista e professor do Departamento do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP), Antônio Condino Neto diz que as doses de reforço farão parte do nosso cotidiano no futuro. “Sem elas é muito perigoso contrair a infeção e ter complicações”
De acordo com o especialista, a grande questão ainda é saber quantas serão necessárias até tornar a infecção endêmica. Na dúvida, o professor diz que três é melhor que duas, que é melhor que uma.
Um estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, descobriu que as doses de reforço foram eficazes contra a Covid-19 moderada e grave por cerca de dois meses após uma terceira dose. As informações foram publicadas nesta sexta-feira (11/2).
A pesquisa aponta que, durante o período predominante de Ômicron, a eficácia apresentada contra os atendimentos de urgência e as hospitalizações foi de 87% e 91%, respectivamente, durante dois meses após uma terceira dose e diminuiu para 66% e 78% no quarto mês.
Professora do departamento de Microbiologia da USP, Cristiane Guzzo afirma que, provavelmente, as doses de reforço contra Covid-19 serão aplicadas a cada quatro ou seis meses até que a doença seja considerada endêmica.