“Não houve elementos para indiciar o acusado. As provas técnicas que foram juntadas ao processo, as provas testemunhais, as imagens. Não há elementos para indicar o acusado. O laudo do IML foi juntado, o laudo toxicológico. Todas as provas, não houve violência na relação sexual, não houve indicamento por abuso sexual”, disse a delegada Maria Angelita.
Ao g1, a influencer Duda Martins disse que ficou sabendo da conclusão do inquérito pela imprensa e que iria falar com a sua advogada. “Eu sei do que aconteceu. E quando uma mulher não tem consciência do que houve com ela, não dá direito a ninguém encostar nela”, falou Duda.
A delegada disse ainda que ouviu várias testemunhas e que houve contradições entre os depoimentos de Duda e algumas testemunhas. “Nós ouvimos a vítima mais de uma vez, assim como o acusado. Nós percebemos contradições nos depoimentos. A perita do IML não conseguiu nem identificar se houve relação sexual entre os dois”, disse.
Maria Angelita ainda explicou que é o abuso sexual é considerado apenas na última fase da embriaguez, que se divide em três.
“A embriaguez se divide em três fases, na primeira fase as pessoas ficam mais alegres, na segunda, a fase depressora, é onde as pessoas ficam mais agressivas, e a terceira é a fase letárgica, onde a pessoa fica praticamente desacordada, é nessa fase onde a pessoa está propícia a ser vítima”, disse Angelita.
De acordo com a delegada, Duda Martins não chegou nessa fase, pois foi comprovado que ela permaneceu com todos os sentidos.
“A Eduarda saiu andando, ela disse o endereço onde ela morava para o Uber na volta, ela sabia o que ela estava fazendo, ela não chegou atingir a terceira fase, a fase letárgica. Eu digo isso porque as imagens mostram ela descendo [do prédio] andando, falando e lembrando que tinha que buscar a bolsa dela”, completou a delegada.
A influencer digital Duda Martins relatou que foi dopada e abusada sexualmente em Maceió. Em live no Instagram com a advogada Júlia Nunes, Duda disse que o crime ocorreu no dia 29 de dezembro de 2021, após um encontro em um bar na Praia de Ponta Verde.
A defesa do auditor fiscal Luiz Campos de Brasília disse, à época, que seu cliente era inocente e que a alagoana mentiu para conseguir seguidores nas redes sociais.