24 cidades alagoanas têm menos de 100 trabalhadores formais
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) apontam que 24 cidades de Alagoas terminaram 2021 com menos de 100 pessoas com vínculo celetista ativo. Ou seja, nessas cidades menos de 100 pessoas tinham carteira de trabalho assinada. A cidade alagoana com menos pessoas com carteira assinada é Palestina, com apenas quatro vínculos celetistas ativos. Logo em seguida aparece Minador do Negrão, com nove vínculos e Olho d’Água Grande, com 15. Pindoba, município menos populoso do estado, possui 30 vínculos.
Em Palestina, apenas uma pessoa foi contratada em 2021. Um homem, com ensino médio completo e idade entre 18 e 24 anos foi admitido para a função de operador de caixa. Já em Minador do Negrão foram duas contratações e duas demissões, ambas de um de um contínuo e de um motorista. Já em Olho d’Água Grande foram três contratações, sendo um contínuo, um motorista de caminhão e um mecânico de refrigerador de ar. Por lá foi registrada ainda a demissão de um mecânico de refrigerador de ar e de dois frentistas.
De acordo com o Caged, Alagoas terminou 2021 com um estoque de 376.134 empregos celetistas. Maceió concentra a maioria dos trabalhadores alagoanos com carteira assinada, com 202.359. Logo em seguida aparece Arapiraca, com 36.348 vínculos. Completa o ranking a cidade de São Miguel dos Campos, com 10.955.
Conforme a Gazeta noticiou, de todos os empregos gerados em Alagoas no ano passado, quase metade foi do setor de serviços. O setor representa 46% dos 29.219 empregos criados em Alagoas em 2021. Os números apontam que foram 13.702 empregos gerados no setor de serviços em Alagoas. Logo em seguida aparece o comércio com 7.157 empregos gerados, e em terceiro lugar a Indústria, com 3.253 empregos.
Os dados mostram ainda que o setor de serviços é o que tem o maior estoque de empregos ativos no estado, com 175.325 empregados. O comércio tem estoque de 93.881 empregados e a Indústria 70.587. O Caged aponta ainda que em Alagoas o saldo de empregos foi maior para os homens, com 18.438 vagas criadas. Para as mulheres alagoanas o saldo foi de 10.781 vagas. A faixa etária com maior saldo de empregos foi a de pessoas com idade entre 18 e 24 anos, com 17.105 vagas, bem mais que o segundo lugar, que foi a faixa etária de idades entre 30 a 39 anos, com saldo de 4.879.
Em todo o Brasil, o ano de 2021 terminou com saldo positivo de 2.730.597 vagas de emprego com carteira de trabalho assinada. Ao longo do ano, foram registradas 20.699.802 admissões e 17.969.205 desligamentos. Já o mês de dezembro registrou retração de 265.811 postos de trabalho. O número decorre de um total de 1.703.721 de desligamentos e de 1.437.910 admissões.
O estoque de empregos formais no país, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, em dezembro, ficou em 41.289.692 vínculos, o que, segundo o ministério, representa uma queda de 0,64% em relação ao mês anterior.
De acordo com o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, o resultado para o mês de dezembro era esperado, uma vez que “como ocorre rotineiramente no Brasil, temos as comunicações de demissão principalmente daqueles funcionários que trabalham no regime temporário”.
“O saldo negativo faz parte fundamentalmente dos trabalhadores temporários. Mas esse saldo aplicado sobre o acumulado do ano nos dão saldo positivo na geração de empregos com carteira assinada no Brasil, da ordem de 2,7 milhões de postos de trabalho”, acrescentou ao destacar que desde o início do governo de Jair Bolsonaro, o país acumula saldo positivo de 3.183.221 novos postos de trabalho.
DADOS POR SETOR
No acumulado do ano, o saldo de 2,7 milhões de postos de trabalho teve, no setor de serviços, sua maior contribuição, com 1.226.026 vagas criadas. Foram 9.284.923 admissões ante 8.058.897 desligamentos. O setor de comércio agregou outras 643.754 vagas (4.889.494 admissões e 4.245.740 desligamentos), enquanto a Indústria gerou 475.141 novas vagas (3.352.363 admissões e 2.877.222 desligamentos) em 2021.