Lula diz que Moro é “figura insignificante” e sem futuro na política
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta terça-feira (1º/2) que o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) é “uma figura insignificante” e que será “medíocre” como candidato à Presidência da República. O petista, que lidera as pesquisas de intenção de voto, afirmou ainda que não vê futuro na política para Moro. O ex-juiz ainda não respondeu às críticas de Lula.
“Eu não acredito em terceira via e não acredito que o Moro tenha muito futuro na política. Eu, sinceramente, de vez em quando fico pensando se devo falar do Moro ou não, porque ele é uma figura insignificante. Ele é um deus de barro que foi construído para me prejudicar”, disse o petista em entrevista à Super Rádio Tupi, do Rio de Janeiro.
“Eu acho que ele vai ser medíocre como candidato a presidente da República. Vamos esperar o tempo para saber o que efetivamente vai acontecer com esse cidadão, que na minha opinião tem uma ligação no mínimo duvidosa com a CIA e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos”, prosseguiu Lula.
Na última sexta-feira (28/1), Moro foi levado a revelar os honorários que recebeu da consultoria Alvarez & Marsal. Devido aos serviços prestados, Sergio Moro está na mira do Tribunal de Contas da União (TCU). A Corte de Contas investiga se Moro cometeu irregularidades durante o período. A consultoria recebeu 78% de seus honorários de empresas que foram alvo da Lava Jato, operação que Moro comandava quando era juiz.
Em uma live, Moro relatou que recebia mensalmente da empresa, entre 2020 e 2021, US$ 45 mil, o equivalente a R$ 241,65 mil. Com o desconto dos impostos, ele alegou que o valor era U$S 24 mil por mês, ou R$ 128,8 mil.
Ou seja, em um ano, pelo serviço prestado, Moro recebeu R$ 2,8 milhões brutos, além de bônus equivalente a R$ 805,5 mil. Isso significa que Moro recebeu R$ 3,7 milhões da empresa.
Triplex do Guarujá
Na semana passada, a 12ª Vara Federal Criminal de Brasília determinou o arquivamento do processo contra o ex-presidente sobre o apartamento triplex localizado no Guarujá, no litoral de São Paulo, atribuído ao ex-presidente Lula
O caso foi motivo da sentença do então juiz Sergio Moro, que condenou Lula à prisão em 2018. A decisão, de quinta-feira (27/1), é da juíza Pollyanna Alves, que atendeu a um pedido da Procuradoria da República no Distrito Federal.
O pedido tomou como base a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de abril, quando considerou suspeita a atuação do ex-juiz Sergio Moro no caso e anulou a condenação de Lula.
Metrópoles