Vendas de livros crescem 29% em 2021 e consolidam bonança do setor editorial
O faturamento das editoras subiu 29% de 2020 para 2021, consolidando um movimento já esperado de bonança para o mercado de livros.
Se no primeiro ano da pandemia o setor faturou R$ 1,76 bilhão, no ano passado o número cresceu para R$ 2,28 bilhões. Em volume, o aumento foi de mesmo porte, subindo de 42,5 milhões de livros vendidos para 55 milhões.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo Sindicato Nacional de Editores de Livros, o Snel, e pela consultoria Nielsen. É o balanço anual da pesquisa realizada mês a mês pelas duas instituições, que mede a receita pelo lado do varejo das livrarias.
A mesma pesquisa, há um ano, mostrava que o mercado já havia se recuperado em 2020 das brutais perdas provocadas pelo fechamento das livrarias. No ano passado, como se vê, o crescimento foi ainda maior.
Alguns dados ajudam a entender melhor o panorama, para além do mero fato de que as livrarias passaram bem mais tempo abertas no ano passado.
O desconto oferecido pelas editoras neste ano foi maior, alcançando uma média de 26%, 2,76 pontos percentuais acima de 2020. Isso colaborou para que a variedade de livros vendidos também crescesse, num patamar de quase 10%. Cerca de 408 mil livros diferentes foram comercializados durante o ano.
A expectativa do setor é que 2022 seja um ano de consolidar os ganhos, com a volta dos lançamentos presenciais e grandes eventos com público, como já se desenhava na Bienal do Rio em dezembro.
Isso se a ameaça de novas variantes do coronavírus não atrapalharem demais os planos, como a ômicron vem fazendo nas últimas semanas.
A Pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, um balanço anual de metodologia diferente, que estima o faturamento das editoras por todos os canais de receita além do varejo livreiro, costuma ser divulgada em meados do ano e matizar melhor a situação do setor.
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