Venezuelanos buscam ajuda e são acolhidos em Palmeira dos Índios
Sem medicamento, alimento, atendimento médico, trabalho. Esse é o atual retrato da Venezuela relatado pelos refugiados que estão sendo acolhido em Palmeira dos Índios. Pelas ruas da cidade, principalmente em semáforos, é possível encontrar histórias de venezuelanos que pedem ajuda para ter o mínimo de sobrevivência para si e para a família.
A Prefeitura de Palmeira dos Índios, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, acolheu um grupo de venezuelanos que vive em situação de rua no município e à noite busca abrigo na Casa de Passagem. O grupo, formado por homens, mulheres e crianças, saiu de Maceió com destino a Palmeira em busca de melhores condições de sobrevivência.
De acordo com a secretária de Assistência Social Flávia Tavares, os venezuelanos já estão no Brasil há um ano. “Eles estavam em Maceió e vieram a Palmeira para sobreviver por meio da prática de mendicância. Fizemos todos os encaminhamentos para atender o grupo, dentro dos nossos limites, possibilidades e competência. Eles foram acolhidos na Casa de Passagem e nos colocamos à disposição para qualquer esclarecimento”, afirmou a secretária.
O cenário vivenciado pelos venezuelanos é comprovado por dados da Pesquisa Nacional de Condições de Vida (Encovi) 2019-2020, realizada pelo Instituto de Investigações Econômicas e Sociais da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Católica Andrés Bello (IIES-UCAB), que revelam que a população daquele país tem vivido em duas situações: 96,2% vivendo na pobreza e 79,3% em situação extrema pobreza.
O que significa dizer que, segundo o Banco Mundial, pessoas de extrema pobreza vivem com menos de US$ 1,90 por dia.
Redação com assessoria