Françoise Forton será cremada em cerimônia para vacinados

O produtor Eduardo Barata, marido de Françoise Forton, divulgou informações sobre a despedida da atriz, que faleceu neste domingo (16/1) após lutar contra o câncer. O velório acontecerá na segunda (17/1), no Rio de Janeiro, no Teatro Tablado, das 10h às 14h.

“Na sequência, o corpo será levado para o Cemitério e Crematório da Penitência, no Rio. A cerimônia de cremação vai acontecer entre 15h e 16h15”, explicou o viúvo.

Referindo-se à esposa como “querida”, Barata pediu que os presentes no velório levem comprovante de vacinação e compareçam de máscaras e com álcool em gel.

Françoise ficou quatro meses internada em um hospital do Rio de Janeiro, o São Vicente, fazendo tratamento contra um câncer. Na última semana, a atriz teve uma piora no quadro. Ela morreu no domingo (16/1), deixando, além do viúvo, o filho Guilherme e duas enteadas.

Relação com a capital federal

Nascida no Rio de Janeiro, a atriz Françoise Forton nutriu uma forte relação com Brasília, cidade onde morou entre os anos 1970 e 1980. A atriz, que faleceu neste domingo (15/1), aos 64 anos, após lutar contra um câncer, fez balé com Norma Lillia, cursou canto na Universidade de Brasília (UnB) e pertence à geração de artistas que inaugurou as salas da Faculdade Dulcina de Moraes.

A admiração de Françoise pela mestra do teatro era tanto que ela não hesitou em aceitar o convite para interpretá-la nas telonas, no longa Dulcina, de 2019. Com o papel, recebeu o Candango de Melhor Atriz no Festival de Brasília, junto com suas companheiras de elenco: Bidô Galvão, Carmem Moretzsohn, Iara Pietricovsky, Theresa Amayo e Glória Teixeira.

Em 2011, a atriz veio para Brasília para participar do Mito do Teatro Brasileiro, teatro-documentário sobre a vida de Dulcina, criado pelo coletivo Criaturas Alaranjadas. Na ocasião, ao lado de Nicette Bruno, reviveu memórias e experiências compartilhadas com a icônica atriz.

Também foi na capital federal que Françoise conheceu Glauce Rocha, com quem estreou, mais tarde, em um teatro profissional na peça Pais Abstratos. Antes de adoecer, inclusive, a atriz trabalhava em uma homenagem também preparada pelo coletivo Criaturas Alaranjadas.

“A ideia era retratar a Glauce em diferentes fases. Françoise iria vivê-la em uma delas. O projeto acabou parando na pandemia e suspendemos um pouco as conversas”, conta um dos fundadores do coletivo, o jornalista e dramaturgo Sérgio Maggio.

Fã da atriz antes mesmo de ter a oportunidade de conhecê-la pessoalmente, Maggio é só elogios à sensibilidade de Françoise no trabalho e no trato com todos a sua volta. “Era essa pessoa muito doce e acolhedora. Uma atriz que defendia a importância da memória no teatro, no cinema. Sempre dizia que Glauce e Dulcina a transformaram como pessoa, artista e cidadã e não podiam ser esquecidas. Tinha como missão levar o nome dessas atrizes. Não à toa, mencionava as duas, em todas as entrevistas que concedia”, recorda.

 

 

Metrópoles

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