Alvo de investigação na polícia, HGE abrirá processo administrativo para apurar sumiço de paciente
Após a Polícia Civil (PC/AL) iniciar investigações sobre o desparecimento de Edvan Augusto dos Santos, de 47 anos, o Hospital Geral do Estado (HGE) deve abrir processo administrativo disciplinar para apuração do caso.
A informação partiu da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), por meio de sua assessoria. O órgão determinou ao Hospital Geral a abertura do procedimento administrativo, uma vez que o caso requer explicações.
Na última quinta-feira (06), Edvan foi levado ao HGE devido a uma parada cardíaca. Após o atendimento, o homem ficou internado e, na madrugada da sexta-feira (07), teria supostamente recebido alta e desaparecido. Um dos familiares, que estava acompanhando Edvan na enfermaria, alega que não foi informado sobre a liberação e denunciam o sumiço do paciente.
Em entrevista à TV Gazeta, uma familiar traduziu o desespero da família com o desencontro de informações sobre o sumiço de Edvan.
“A informação que deram foi que ele tinha recebido alta, mas como ele recebeu alta se o acompanhante que estava com ele na sala nem sabia de nada. Se o hospital, igual o HGE em Maceió, tem segurança, como foi que ele saiu de lá? E onde que ele está? Ela [alguém do HGE] falou: nós não sabemos”.
Após quatro dias do sumiço, a família registrou um Boletim de Ocorrência e a Polícia Civil deu início às investigações sobre o caso. De acordo com o delegado Nivaldo Aleixo, há um lapso temporal grande entre o dia do desaparecimento e a realização do boletim, o que retardou as investigações.
“Há um lapso muito grande do desaparecimento na sexta-feira até hoje, quando vieram nos comunicar. Porque eles deveriam ter comunicado no dia que ele desapareceu, na sexta-feira de madrugada. Existe um posto policial, na entrada do HGE, e eles deveriam ter comunicado. Se eles tivessem comunicado, automaticamente, teríamos iniciado as diligências na sexta-feira. As testemunhas serão ouvidas. Primeiro é o Sandro, que é a pessoa que o acompanhava e ficou na enfermaria junto com ele”, informou o delegado.
O caso também será acompanhado pelo Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos, que cobrará do HGE quais os procedimentos que são utilizados na liberação dos pacientes.
“É uma situação que realmente causa espanto pelo fato de querermos saber qual é o protocolo que o HGE utiliza na alta de um paciente. Vamos cobrar explicações ao HGE e encaminhar o caso para a Promotoria de Justiça da Saúde Pública do Ministério Público para tomar à frente dessa situação, porque creio que o protocolo não foi observado adequadamente”, afirmou Magno Alexandre, integrante do Conselho.
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