Explode o número de casos de Covid e de candidatos ao Governo de Alagoas
Até o ano passado, tínhamos poucos pretendentes ao cargo de governador de Alagoas. Ao iniciarmos o ano de 2022, que é o ano das eleições, aconteceram dois fatos inusitados: a explosão do número de casos de Covid em todo país, e o de candidatos ao Governo, em Alagoas.
Rodrigo Cunha, nas eleições de 2018, foi o campeão de votos para o senado conquistando uma histórica votação de 895.738 votos (34,42%). A sua expressiva votação gerou uma grande expectativa em seu eleitorado, no entanto, a sua atuação tímida no parlamento frustrou grande parte dos seus eleitores. Mesmo diante desse fato, na última pesquisa do Instituto Paraná, o senador aparece em primeiro lugar com uma situação muito confortável em relação aos demais candidatos. Se Cunha vier a ser o candidato do prefeito JHC, sem dúvida será um forte candidato ao Governo do Estado em 2022.
Renato Filho foi reeleito nas eleições de 2020 para prefeito da cidade do Pilar com mais de 80% dos votos válidos. Sua expressiva votação é resultado de uma excelente gestão. Na última pesquisa do Instituto Paraná, o prefeito aparece em segundo lugar, com 15% das intenções de voto. Conseguindo o apoio de um forte grupo político, poderá ser uma novidade no pleito de 2022.
Paulo Dantas foi eleito deputado estadual nas eleições de 2018 com 38.397 votos, ficando em sétimo lugar nas vinte e sete vagas em disputa. Caso Renan Filho renuncie ao cargo até 2 de abril, o deputado deverá ser eleito governador tampão. Caso venha a concorrer à reeleição em 2022, mesmo tendo a máquina estadual a seu favor, sua possibilidade de vitória é muito remota, uma vez que é um mero desconhecido nos principais colégios eleitorais do Estado, principalmente em Maceió, que representa 30% do eleitorado de Alagoas.
Está sendo mencionada nas redes sociais o possível lançamento da candidatura da deputada estadual Jó Pereira ao Governo de Alagoas. A deputada vem apresentando uma ascensão política ao longo dos seus dois mandatos, sendo uma das parlamentares mais atuantes na Casa de Tavares Bastos, o que a credencia almejar voos mais altos. Nas eleições de 2014, foi a segunda mais votada para deputada estadual, com 52.931 votos e nas eleições de 2018 foi a mais votada, com 53.707 votos. Apesar da força eleitoral demonstrada nos últimos dois pleitos, é improvável a candidatura da parlamentar ao cargo de governadora e, lamentavelmente ainda não será dessa vez, que Alagoas terá uma mulher no comando do Palácio dos Martírios.
Antonio Albuquerque, deputado estadual por sete mandatos consecutivos e por mais de uma vez presidente da Assembleia Legislativa, também está sendo cogitado para a disputa do Governo do Estado. A força política que o parlamentar dispõe para a disputa de um pleito proporcional não é suficiente para almejar um cargo majoritário.
Rui Palmeira, que recentemente deixou o Podemos e se filiou ao PSD, está sendo ventilado pelo seu novo partido para disputa do Governo de Alagoas. Se o ex-prefeito de Maceió não tivesse estabelecido nas eleições municipais de 2020 uma aliança com os Calheiros, certamente hoje seria o grande nome da oposição para o Governo do Estado, o que vale ressaltar que um equívoco em política pode ser fatal. Dessa forma, parece inviável a candidatura de Rui Palmeira para um cargo majoritário no pleito de 2022.
Nessa explosão de candidaturas para o Governo de Alagoas, ainda há mais dois nomes como pré-candidatos: o prefeito de Rio Largo, Gilberto Gonçalves, e o coronel Walter do Valle, que nas eleições de 2018 foi candidato a deputado federal conquistando 12.014 votos, sem obter êxito naquele pleito.
Que essa explosão de candidatos traduza o verdadeiro interesse do trabalho em prol da coletividade.