Atualmente, a orientação é de que infectados com o coronavírus passem entre 10 e 14 dias afastados para evitar a disseminação da doença.
A partir de sete dias, caso não haja sintomas, febre ou uso de remédios, não há necessidade de testagem para a retomada das atividades. Caso haja, é indicado teste RT-PCR.
Se o teste for positivo, o isolamento recomendado é de 10 dias, até que não haja manifestação de sintomas, febre e uso de antitérmicos há, no mínimo, 24 horas.
Em casos assintomáticos, a liberação do isolamento a partir do quinto dia é feita mediante teste RT-PCR negativo. É necessário, neste caso, manter recomendações até o décimo dia.
As recomendações adicionais até o décimo dia são: evitar aglomerações e viagens dispensáveis, usar máscara em locais com maior circulação de pessoas e álcool em gel, além de medidas não farmacológicas, como distanciamento de outras pessoas.
Para anunciar as mudanças, que fazem parte da nova atualização do Guia de Vigilância Epidemiológica, a Secretaria de Vigilância em Saúde analisou as medidas tomadas por outros países, como Estados Unidos e Inglaterra.
Nos EUA, por exemplo, é possível finalizar o isolamento depois de cinco dias se não houverem mais sintomas, sem necessidade de testagem. O isolamento de dez dias, adotado na Inglaterra, pode ser finalizado depois de sete dias caso o teste dê negativo.
Ministério já estudava medida
Na quinta-feira (6/1), a Prefeitura de São Paulo solicitou ao Ministério da Saúde a redução do período de isolamento para pessoas assintomáticas.
Segundo o ministro Marcelo Queiroga, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão de Saúde dos Estados Unidos, já adotou a medida e recomenda o tempo mais curto de isolamento desde o mês de dezembro. Além disso, outras autoridades de saúde ao redor do mundo têm criado novas medidas sobre o tema.
“O CDC já deu essa recomendação [de tempo menor de isolamento]. O governo francês já deu essa autorização de profissionais de saúde que estão positivos de atender na linha de frente por conta do número de casos”, afirmou o ministro, na semana passada.