Italiano que matou bacharel de Direto em frente ao fórum do Barro Duro é pronunciado a júri popular
Foi pronunciado a júri popular o italiano Pasquale Palmieri, que matou o bacharel em direito José Benedito Alves de Carvalho no dia 9 de março de 2021, na frente do Fórum de Maceió, no bairro Barro Duro. Ele vai responder pelo homicídio consumado do bacharel e por homicídio tentado contra a ex-esposa e a advogada dela, que era esposa do bacharel assassinado. A decisão foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico desta segunda-feira (3).
Além disso, o juiz Filipe Ferreira Munguba manteve o réu preso e alegou que manteve a prisão “forte na necessidade de garantir a ordem pública”. Ele pontua que chegaram ao conhecimento das vítimas sobreviventes após o crime ameaças do réu afirmando que iria “terminar o que começou” após sair da prisão, pois já não tem o que perder.
Em depoimento, o réu confessou o crime contra o bacharel em direito. Pasquale Palmieri disse que tinha um grande problema com José Benedito, mas nega que tentou matar Maricélia ou Sandra. O italiano disse que é uma vítima da ganância de Biu. Ele disse ainda que a Juíza tirou bens dele no processo, ele perdeu a cabeça e decidiu tirar a vida de Biu.
Pasquale Palmieri disse que Biu controlava tudo e foi ele quem o “quebrou”. O italiano disse que alugou um carro porque não tinha um e botou adesivo para esconder a placa porque era “ingênuo” e a quantidade em dinheiro no carro não era para fugir, era porque não podia botar dinheiro no banco. Disse ainda que fazia mais de um ano que tinha arma de fogo e munições.
O crime
No dia 9 de março de 2021, conforme consta nos autos, em frente ao Fórum Jairon Maia Fernandes, no bairro Barro Duro, em Maceió, Maricélia Schlemper e seu esposo José Benedito estacionaram o carro e seguiram ao encontro da ex-mulher do italiano, quando o mesmo se aproximou e, ironicamente, cumprimentou a advogada indagando se, naquele dia, chegariam a um acordo.
Em seguida à resposta da advogada, Pasquale sacou um revólver calibre 32 e mirou em direção à cabeça de sua ex-mulher avisando que “não teria acordo nenhum”. Apesar de puxar o gatilho, a munição falhou. Da mesma forma ocorreu quando apontou para a advogada Maricélia. José Benedito, vendo a intenção criminosa do italiano, passou à frente de Maricélia, sua esposa, e a empurrou, tirando-a do foco do denunciado, o que reforçou o ódio do denunciado que, dessa vez, ao apertar o gatilho, conseguiu deflagrar dois tiros contra José Benedito, sendo um na mão e outro na região torácica, vitimando-o fatalmente.